São Paulo, sexta-feira, 03 de julho de 2009 |
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foco Lojistas da Oscar Freire fazem campanha para que clientes não deem esmola
DANIEL BERGAMASCO DA REPORTAGEM LOCAL Os lojistas da região da Oscar Freire (zona oeste de São Paulo) lançaram uma campanha para que seus clientes não distribuam mais esmolas. A ação propõe que, em vez de dar dinheiro, a clientela tire do bolso cupons chamados de "Vale Valor", que orientam os pedintes a procurarem a casa Restaura-me, no Brás (região central), onde poderão receber gratuitamente comida, abrigo e participar de projetos sociais. Nos últimos anos, dizem lojistas, o número de mendigos vem crescendo na região da rua Oscar Freire, o que gera reclamações de clientes. "A ideia é resolver dois problemas: primeiro, o deles [pedintes], que podem encontrar apoio na casa Restaura-me. E, segundo, o das pessoas que são confrontadas todos os dias com a situação de ter gente pedindo, que é a nossa realidade", diz Rosangela Lyra, diretora da grife Dior e presidente da Associação dos Lojistas da Oscar Freire. A associação distribuiu as suas 110 lojas associadas um cofrinho de papelão no qual os clientes podem depositar seus trocados, em vez de entregá-los na rua. Esse dinheiro recolhido deverá ser revertido à ONG católica Aliança da Misericórdia, que mantém a Restaura-me e tem projetos em 35 cidades -nas quais atende, segundo informa, a cerca de 7.000 pessoas todos os meses. Mesmo que não comprem nada na loja ou não contribuam com a engorda do cofrinho da ONG, os clientes podem apanhar alguns cupons para distribuir na rua. "Eu já dei esmola várias vezes, mas na prática esse dinheiro não tira a pessoa daquela situação. Mesmo que o cliente se sinta culpado de pagar tanto num almoço e depois ser abordado por uma criança, é melhor fazer algo mais concreto por ela. Esmola não resolve", avalia a presidente da associação. Católica praticante, ela diz que o grupo estuda ampliar a parceria da ONG cristã com as lojas da região, auxiliando, por exemplo, na qualificação profissional de jovens carentes, que poderão ser treinados para trabalhar nas empresas da área como estoquistas e auxiliares administrativos, entre outras funções. Texto Anterior: Ciclo tem rotina de evasão escolar e alta repetência Próximo Texto: Anistia: Lei que regulariza situação de estrangeiros ilegais é sancionada Índice |
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