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São Paulo, domingo, 03 de agosto de 2003

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Dores e rotina de internações afetam vida social

DA REDAÇÃO

A falta de compreensão da doença também traz consequências para a vida social e profissional dos portadores da anemia falciforme.
Crises de dor, internações e transfusões de sangue nem sempre são bem entendidas por empregadores e instituições de ensino. Algumas vezes não são compreendidas nem mesmo pelos colegas.
Bruna Karoline Lindo, 20, descobriu a doença ainda bebê. Internação e transfusão de sangue tornaram-se atividades corriqueiras. Ela conta que, desde os 14 anos, quando tirou o baço em uma cirurgia, vive melhor.
O que a preocupa hoje é conseguir cursar o segundo ano de direito na faculdade, em Campinas (SP).
Por causa de internações, ela acabou perdendo provas. Com esforço, recuperou-as, mas aí o problema eram as faltas. As aulas começam nesta semana e, até a última quinta-feira, ela não havia conseguido se matricular.
Essa não foi a primeira vez que a estudante teve problemas. Ela, que atualmente trabalha no fórum da cidade, diz que já perdeu um outro estágio por causa da doença. Foi demitida depois de ter ficado internada.
Para tentar resolver esses problemas, Bruna Lindo conta com o apoio de Francisco César Almeida, 43, presidente da Associação Brasileira de Anemia Falciforme.
Angolano, Francisco Almeida veio com a mulher para o Brasil no início dos anos 90 para fazer mestrado em sociologia na Unicamp. Ele pretendia voltar para o seu país, mas os planos mudaram quando seu segundo filho, Ivo, hoje com oito anos, nasceu com a doença.


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