São Paulo, sexta-feira, 03 de agosto de 2007

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Metrô quer sistema em que operador não é necessário

DA REPORTAGEM LOCAL

O Metrô pretende trocar o sistema de operação dos seus trens para que não seja mais necessária a presença do operador nesses carros.
A mudança começaria com a linha 4, que tem previsão para iniciar a operação em 2009. De acordo com a empresa, todos os trens dessa linha deverão funcionar nesse sistema, chamado de "driverless".
Segundo o diretor de operações do Metrô, Conrado Grava, atualmente a função do operador é intervir em caso de problemas, por exemplo, se uma pessoa cai nos trilhos no momento em que o trem entra na estação -o condutor pode, neste caso, evitar o atropelamento.
Boa parte das demais funções são programadas e executadas desde o centro de controle operacional.
O novo sistema prevê uma automação total do trem, mas exige também uma mudança na construção das plataformas, onde são instaladas portas que se abrem apenas quando o trem já está estacionado. Assim, diminui-se o risco de uma pessoa cair nos trilhos e ser atingida.
Grava disse que o governo pretende reformar as linhas em atividade do metrô para que elas possam operar em um sistema semelhante ao "driverless". A previsão do governo é finalizar o projeto em 2010.
Com as mudanças, o diretor afirmou que o intervalo entre os trens pode cair de 90 para 60 segundos.

Emergência
A medida foi anunciada pelo secretário estadual dos Transportes, José Luiz Portella, como uma forma de diminuir os impactos de uma greve dos metroviários na cidade.
Em entrevista à Rede Globo, Portella afirmou também que o governo deverá contratar mais cem funcionários para formarem uma equipe de emergência, em caso de paralisação.
O secretário não deu mais detalhes sobre a medida. A Folha pediu uma entrevista com Portella, mas não foi atendida.


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