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Professores estaduais da Bahia fazem greve por plano de carreira
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Reunidos em assembléia no final da tarde de ontem, professores da rede estadual da Bahia decidiram entrar em greve por tempo indeterminado em protesto contra a demora da aprovação de um projeto de lei que estabelece um plano de carreira para a categoria.
De acordo com a APLB (Sindicato dos Professores Licenciados
da Bahia), o projeto tramita na
Assembléia Legislativa há dois
meses, sem resultado até agora.
Neste ano, os professores estaduais já paralisaram suas atividades por três vezes -no total, os
alunos matriculados nas 2.400 escolas da rede já ficaram 32 dias letivos sem aulas até ontem.
Em um manifesto encaminhado ao governo, os professores pedem a reclassificação de todos os
60 mil profissionais contratados
pelo Estado. O presidente da
APLB, Rui Oliveira, disse que a
proposta do governo é insuficiente para atender todas as reivindicações da categoria. "O governo
propõe um aumento escalonado
máximo de 12%, mas nós queremos um mínimo de 19%."
Segundo Oliveira, cerca de 1,8
milhão de alunos serão prejudicados com a greve. "Os alunos devem culpar o governo pelo fracasso nas negociações." A Secretaria
da Educação informou que está
aberta às negociações e recomendou aos professores que não paralisem suas atividades.
A principal proposta da categoria é a fixação de um piso salarial
de R$ 315. Atualmente, um professor com o nível médio de magistério recebe R$ 207,90 por 20
horas semanais. Os professores
também reivindicam um reajuste
de 100% para os que têm pós-graduação (mestrado e doutorado).
Outra proposta é a redução da
carga horária por tempo de serviço. A categoria solicita redução de
duas horas na jornada de trabalho a cada cinco anos de aulas.
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