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Contrato com operadoras é alvo de críticas
DA REPORTAGEM LOCAL
O contrato firmado em
1997 com as empresas responsáveis pela fiscalização
fotográfica da velocidade em
São Paulo é criticado até hoje
por especialistas em engenharia de tráfego.
A principal crítica se refere
à forma de remuneração das
operadoras (Engebras,
Consladel e Inepar), que faturam de acordo com a
quantidade de multas pagas.
"O interesse do Estado é
que todo mundo ande dentro da lei, que não cometa infrações e que, portanto, a arrecadação com multas seja
zero. O interesse da empresa
é que haja cada vez mais
multas. O faturamento dela
está ligado ao comportamento anti-social", diz o
presidente do Instituto de
Segurança no Trânsito, David Duarte Lima. Ele afirma
que "pode haver vulnerabilidade" do controle. Para Lima, o pagamento deveria ser
calculado pelo serviço prestado, desvinculado da quantidade de multas.
"A implantação por empresas privadas e a remuneração como fração da arrecadação com multas somente poderiam ser admitidas
como instrumentos para
viabilizar e agilizar a implantação", diz Hugo Pietrantonio, do Departamento de
Engenharia de Transportes
da Universidade de São Paulo (USP).
A licitação que definiu as
operadoras de radares fotográficos está sendo contestada pelo Ministério Público
desde 1997, mas ainda não
houve decisão da Justiça.
Os contratos com as empresas de radares e lombadas eletrônicas vencem em
novembro deste ano. Segundo a CET, eles devem ser
prorrogados até o segundo
semestre de 2001, para que
sejam renovados pelo próximo prefeito.
(AI)
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