|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Vandalismo aumenta impunidade
DA REPORTAGEM LOCAL
O vandalismo também é responsável pela não-conversão em
multa de algumas infrações por
excesso de velocidade, de acordo
com a Engebras. A quantidade de
equipamentos destruídos, porém,
vem diminuindo.
Há quatro anos, pelo menos 60
aparelhos da Engebras, responsável pelos radares fixos, eram destruídos mensalmente. Hoje, são
20 por mês. "O vandalismo acaba
influenciando na imagem. Tem
gente que dá tiro de metralhadora
no radar. Tem gente que dá só
uma pancada na câmera, tirando
ela do foco. A gente só vai perceber isso no final do dia, quando
faz a coleta do material", afirma
Victor Agostinho, assessor de comunicação da empresa.
Cada um dos 40 equipamentos
em operação na capital custa US$
45 mil. A manutenção é bancada
pela Engebras. "Isso causa um
prejuízo muito grande. Há pessoas que cortam fios, que batem
na câmera, que colocam fogo."
Agostinho não quis comentar os
números sobre as multas. Segundo ele, o contrato da operadora
determina que apenas a CET pode fazer declarações a respeito
desse assunto.
A Folha também tentou contato
com as outras duas empresas que
operam aparelhos fotográficos na
capital. Representantes da Consladel não quiseram dar entrevista
utilizando o mesmo argumento
da Engebras. A Inepar não respondeu aos telefonemas feitos na
sexta-feira pela reportagem.
Apesar dos índices de vandalismo, Luiz de Carvalho Montans,
engenheiro da CET, diz que "a
impopularidade do radar é causada por uma minoria". Ele cita
uma pesquisa realizada em São
Bernardo, segundo a qual 80%
das pessoas eram favoráveis à fiscalização fotográfica.
Pelos dados da companhia, 73%
dos motoristas de São Paulo não
tomaram nenhuma multa por excesso de velocidade de julho de
1998 a julho de 1999. Outros 17%
praticaram apenas uma infração.
"Ou seja, está concentrado em
uns poucos."
(AI)
Texto Anterior: Contrato com operadoras é alvo de críticas Próximo Texto: Outros municípios multam mais Índice
|