São Paulo, quarta-feira, 03 de novembro de 2004

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EM BUSCA DA FILHA

Menina desapareceu em 2002, aos seis anos

"É uma ferida aberta que sangra", diz mãe

DA REPORTAGEM LOCAL

Dia 17 de agosto de 2002, sábado, 13h30. A pequena Stéphany, 6, sai da casa da vizinha rumo ao seu portão, a menos de 50 m de distância, e desaparece. Mais de dois anos depois, o mistério continua. "Parece que o chão se abriu e engoliu a minha filha", diz a mãe, a auxiliar de enfermagem Zeni Souza Lopes, 47, referindo-se à falta de notícias da garota.
Uma suspeita de seqüestro, supostamente praticado por uma mulher loira, chegou a ser investigada nos dias seguintes ao desaparecimento da garota, mas nada ficou provado.
Nesse período, Zeni foi vítima de alarmes falsos sobre o paradeiro da filha. No último, há duas semanas, uma pessoa ligou dizendo que sabia onde a menina estava. Afirmou que a garota havia dado referências (nome e profissão da mãe e nome do irmão) que coincidiam com a família de Zeni.
Cheia de esperanças, a mãe foi até o endereço mencionado pelo desconhecido. "Não tinha nada a ver com a minha filha, nenhuma semelhança. Fiquei deprimida vários dias", conta Zeni, que tem outros dois filhos, de 20 e 26 anos.
Em outra ocasião, recebeu um telefonema de um suposto seqüestrador, pedindo dinheiro. Era um trote. "O desaparecimento dela é uma ferida aberta que sangra cada vez que surge uma notícia dessas", diz.
Segundo Zeni, outras seis crianças desapareceram no bairro naquele ano. A polícia nega os outros desaparecimentos na região. (CC)


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