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EM BUSCA DA FILHA
Menina desapareceu em 2002, aos seis anos
"É uma ferida aberta que sangra", diz mãe
DA REPORTAGEM LOCAL
Dia 17 de agosto de 2002, sábado, 13h30. A pequena Stéphany, 6, sai da casa da vizinha
rumo ao seu portão, a menos
de 50 m de distância, e desaparece. Mais de dois anos depois,
o mistério continua. "Parece
que o chão se abriu e engoliu a
minha filha", diz a mãe, a auxiliar de enfermagem Zeni Souza
Lopes, 47, referindo-se à falta
de notícias da garota.
Uma suspeita de seqüestro,
supostamente praticado por
uma mulher loira, chegou a ser
investigada nos dias seguintes
ao desaparecimento da garota,
mas nada ficou provado.
Nesse período, Zeni foi vítima de alarmes falsos sobre o
paradeiro da filha. No último,
há duas semanas, uma pessoa
ligou dizendo que sabia onde a
menina estava. Afirmou que a
garota havia dado referências
(nome e profissão da mãe e nome do irmão) que coincidiam
com a família de Zeni.
Cheia de esperanças, a mãe
foi até o endereço mencionado
pelo desconhecido. "Não tinha
nada a ver com a minha filha,
nenhuma semelhança. Fiquei
deprimida vários dias", conta
Zeni, que tem outros dois filhos, de 20 e 26 anos.
Em outra ocasião, recebeu
um telefonema de um suposto
seqüestrador, pedindo dinheiro. Era um trote. "O desaparecimento dela é uma ferida
aberta que sangra cada vez que
surge uma notícia dessas", diz.
Segundo Zeni, outras seis
crianças desapareceram no
bairro naquele ano. A polícia
nega os outros desaparecimentos na região.
(CC)
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