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Nova lei para adoções entra em vigor hoje já com impasse
JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO
A nova lei de adoção, sancionada em agosto, entra em vigor
hoje com um impasse. A legislação passa a limitar em dois
anos o tempo máximo para a
permanência de crianças em
abrigos, salvo exceções.
Dados do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) reforçam
uma contradição no país. Existem 4.200 crianças brasileiras
aptas à adoção e 25 mil casais
interessados em adotar. Mas
80% dos candidatos procuram
bebês de até três anos e apenas
7% das crianças aptas encontram-se nessa faixa etária.
Pela nova lei, a situação de
crianças e adolescentes abrigados deverá ser avaliada a cada
seis meses, e a permanência na
instituição não deve se estender por mais de dois anos.
Uma das principais mudanças é a criação do Cadastro Nacional de Adoção. O cadastro
amplia a lista de famílias candidatas à adoção para todos os
Estados. Ou seja, uma família
do Rio pode adotar uma criança
no interior de SP, por exemplo.
A nova lei não mudou um
ponto: continua proibida a adoção por casais com união homoafetiva.
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