São Paulo, terça-feira, 03 de novembro de 2009

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Atirador mata uma pessoa e fere 4 em boate

DIMITRI DO VALLE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Uma pessoa morreu e outras quatro ficaram feridas na madrugada de ontem, quando um homem fez disparos de pistola em uma casa noturna em um bairro nobre de Curitiba.
O suspeito, o ex-detento Leandro Maggioni, 26, foi preso ainda ontem após, segundo a polícia, ter sido identificado nas imagens do circuito interno do estabelecimento.
Os tiros mataram o garçom Rodrigo Alves Rodrigues, 30, que morreu no hospital. Os demais tiveram ferimentos leves. Uma mulher escapou de ser baleada porque um projétil acertou sua bolsa e atingiu seu telefone celular.
A direção da boate Vila Viola, no bairro do Batel, informou à polícia que houve um desentendimento quando o suspeito foi parado por volta das 5h na portaria. Segundo a polícia, ele se recusou a atender a uma ordem de deixar uma garrafa de cerveja no estabelecimento e sair com a bebida em um copo plástico. O suspeito discutiu com seguranças do local.

Reação
Segundo o delegado Hamilton da Paz, Maggioni, aparentando estar bêbado, voltou cerca de 30 minutos depois dirigindo um carro, onde guardava sua arma. O policial disse que ele parou o veículo em frente à boate, saiu com uma pistola e se dirigiu à portaria.
Paz afirmou que, de uma escada que dá acesso ao interior da boate, o suspeito passou a atirar a esmo. O delegado diz que as imagens "são nítidas" ao mostrar o suspeito atirando dentro do estabelecimento. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o material não foi divulgado para não prejudicar as investigações e não "incentivar práticas semelhantes".
A arma usada pelo suspeito é uma pistola calibre 9 mm, de uso restrito das Forças Armas e das polícias. Em depoimento, segundo o delegado, Maggioni disse que ganhou a arma de um homem que conheceu quando estava na prisão.

Liberdade condicional
De acordo com a polícia, o acusado disse ainda que decidiu retornar à boate para se vingar do segurança que o empurrou na saída.
O suspeito estava em liberdade condicional havia três meses e responde a processos por furto, roubo e receptação de veículos. Ao ser apresentado a jornalistas, Maggioni manteve a cabeça baixa e não quis conceder entrevista.
A polícia informou que ele ainda não constituiu advogado.
Ele foi preso por investigadores em sua casa, no município de Araucária (região metropolitana de Curitiba), e indiciado sob suspeita de homicídio, quatro tentativas de homicídio e porte ilegal de arma.


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