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Atirador mata uma pessoa e fere 4 em boate
DIMITRI DO VALLE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Uma pessoa morreu e outras
quatro ficaram feridas na madrugada de ontem, quando um
homem fez disparos de pistola
em uma casa noturna em um
bairro nobre de Curitiba.
O suspeito, o ex-detento
Leandro Maggioni, 26, foi preso ainda ontem após, segundo a
polícia, ter sido identificado
nas imagens do circuito interno
do estabelecimento.
Os tiros mataram o garçom
Rodrigo Alves Rodrigues, 30,
que morreu no hospital. Os demais tiveram ferimentos leves.
Uma mulher escapou de ser baleada porque um projétil acertou sua bolsa e atingiu seu telefone celular.
A direção da boate Vila Viola,
no bairro do Batel, informou à
polícia que houve um desentendimento quando o suspeito
foi parado por volta das 5h na
portaria. Segundo a polícia, ele
se recusou a atender a uma ordem de deixar uma garrafa de
cerveja no estabelecimento e
sair com a bebida em um copo
plástico. O suspeito discutiu
com seguranças do local.
Reação
Segundo o delegado Hamilton da Paz, Maggioni, aparentando estar bêbado, voltou cerca de 30 minutos depois dirigindo um carro, onde guardava
sua arma. O policial disse que
ele parou o veículo em frente à
boate, saiu com uma pistola e se
dirigiu à portaria.
Paz afirmou que, de uma escada que dá acesso ao interior
da boate, o suspeito passou a
atirar a esmo. O delegado diz
que as imagens "são nítidas" ao
mostrar o suspeito atirando
dentro do estabelecimento. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o material não foi
divulgado para não prejudicar
as investigações e não "incentivar práticas semelhantes".
A arma usada pelo suspeito é
uma pistola calibre 9 mm, de
uso restrito das Forças Armas e
das polícias. Em depoimento,
segundo o delegado, Maggioni
disse que ganhou a arma de um
homem que conheceu quando
estava na prisão.
Liberdade condicional
De acordo com a polícia, o
acusado disse ainda que decidiu retornar à boate para se
vingar do segurança que o empurrou na saída.
O suspeito estava em liberdade condicional havia três meses
e responde a processos por furto, roubo e receptação de veículos. Ao ser apresentado a jornalistas, Maggioni manteve a cabeça baixa e não quis conceder
entrevista.
A polícia informou que ele
ainda não constituiu advogado.
Ele foi preso por investigadores em sua casa, no município
de Araucária (região metropolitana de Curitiba), e indiciado
sob suspeita de homicídio, quatro tentativas de homicídio e
porte ilegal de arma.
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