São Paulo, quarta-feira, 03 de dezembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Chuva afeta 24 estradas na região Sul

Houve mais um desmoronamento ontem, desta vez na BR-376, no Paraná

Treze pontos de 4 estradas federais em Santa Catarina continuam com problemas; há ainda 20 rodovias estaduais prejudicadas


Marcelo Elias/"Gazeta do Povo"
Máquina trabalha na remoção de terra que deslizou sobre a rodovia BR-376, no Paraná, a principal ligação da região com o Sudeste

PABLO SOLANO
GUSTAVO HENNEMANN
DA AGÊNCIA FOLHA

A situação das rodovias do Sul do país atingidas por chuvas voltou a piorar ontem, após a queda de uma barreira na BR-376, no Paraná, a principal ligação da região com o Sudeste. O desmoronamento ocorreu em um trecho em Tijucas do Sul (59 km de Curitiba) e dificulta o trânsito de carros e caminhões do Paraná para Santa Catarina.
Uma das pistas da BR-376 foi obstruída pela queda de barreira às 8h50. Durante a manhã, os motoristas que chegavam ao local eram obrigados a retornar. À tarde, foi criado um desvio em pista simples por duas faixas que não foram atingidas, segundo a Polícia Rodoviária Federal. A previsão é que a terra seja retirada até amanhã.
Treze pontos de quatro rodovias federais em Santa Catarina continuam com problemas em virtude das chuvas das últimas semanas. Entre as estaduais, são 20 estradas afetadas.
O número oficial de mortos por causa das cheias no Estado subiu ontem para 117 -um a mais que no dia anterior. Estão desaparecidas 31 pessoas; a Defesa Civil informou que o total de desabrigados e desalojados caiu de 78.707 para 69.114.
A partir das 21h45, choveu forte de novo em Itajaí por uma hora. Ruas em bairros próximos ao centro ficaram alagadas, com carros ilhados. Segundo bombeiros, até às 23h não houve incidentes graves.
O Dnit (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes) pretende desobstruir até o dia 20 todas as BRs. As obras, porém, devem seguir até maio. Muitos trechos continuarão interditados e o tráfego deve ocorrer por desvios.
Os bloqueios nas rodovias causaram até agora um prejuízo estimado de R$ 1 milhão para as transportadoras, segundo a Federação das Empresas de Transportes de Carga de SC.
A Secretaria Especial de Portos da União prevê que a recuperação total da área portuária de Itajaí levará ao menos seis meses. É o tempo que o ministro Pedro Brito prevê para a reconstrução dos dois berços de atracação destruídos. Ele foi ontem a SC anunciar ações para recuperar a infra-estrutura portuária de Itajaí. Os reparos devem começar na segunda.


Texto Anterior: Vila Velha, no ES, tem 7 mil desalojados
Próximo Texto: Entrevista: Para analista, má vontade política afeta prevenção
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.