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Carro da polícia
socorreu detento
DA REPORTAGEM LOCAL
Não havia ambulância no Centro de Detenção Provisória do Belém no momento em que o sequestrador Fernando Dutra Pinto
começou a ter parada cardiorrespiratória. Ele foi socorrido em um
carro da Polícia Civil -do 78º
DP- que, na hora, entregava detentos na unidade. O médico Ricardo Cypriani seguiu junto.
Um dia antes, o sequestrador
Fernando Dutra Pinto tinha saído
pela primeira vez da cadeia para
um hospital. A carta de encaminhamento da enfermaria do presídio o destinava ao Hospital Municipal do Tatuapé, próximo ao
CDP, mas ele foi levado à Santa
Casa, na região central.
A mudança de destino, segundo
o secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa,
foi uma decisão "operacional"
-a escolta que conduzia o preso
encontrou muito movimento no
Tatuapé e decidiu levá-lo à Santa
Casa. Mas a assessoria do Tatuapé
questiona o procedimento. De
acordo com o hospital, detentos
têm direito a atendimento especial. Portanto, "por mais lotado
que estivesse o PS", Dutra Pinto
seria atendido com prioridade.
Procurado para explicar os motivos que levaram seus agentes a
não usar a preferência aos detentos, o diretor do CDP do Belém,
Oswaldo Martins Bueno disse,
por intermédio da assessoria da
secretaria, que "por precaução",
ele mesmo decidiu, ainda na unidade, que a escolta levaria Dutra
Pinto direto à Santa Casa. Não
houve, então, passagem pelo Tatuapé, diferentemente do que
afirmara o secretário horas antes.
Dutra Pinto saiu às 14h30 do
CDP e chegou às 14h46 ao PS. Tinha, segundo nota da Santa Casa,
uma crise de asma associada a lesões de pele que sugeriam manifestação alérgica, além de uma
pneumonia simples.
Foi medicado com "broncodilatadores, antialérgicos, hidrocortizona e inaloterapia" e recebeu alta
às 17h15. Às 18h, segundo o CDP,
ele chegou à cadeia.
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