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Petrelluzzi nega segurança falha
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário da Segurança Pública, Marco Vinicio Petrelluzzi,
negou ontem que o Estado tenha
falhado na segurança de Fernando Dutra Pinto, mas admitiu que
o governo não pode dar "garantia
absoluta a seus custodiados".
"É lógico que o Estado tem o dever de garantir a segurança de
seus custodiados. Mas eles não
podem ter essa garantia absoluta
de que nada acontecerá em lugar
algum", disse o secretário.
A segurança de Dutra Pinto foi
uma promessa do governador
Geraldo Alckmin (PSDB) para
conseguir a libertação do apresentador de TV Silvio Santos.
Para Petrelluzzi, no entanto, as
promessas de segurança de Alckmin valeram só para o momento
da negociação na casa de Silvio
Santos. "As garantias dadas a Fernando foram todas cumpridas e
se referiam a ele se entregar naquele momento", disse.
Segundo o secretário, Dutra
Pinto estava com medo de ser
morto e, por isso, foi enviado a
uma instituição na qual os presos
não têm contato com policiais, o
CDP do Belém.
"Então, quer dizer que qualquer
pessoa que tiver morte natural, o
Estado é o responsável? Vamos
devagar. A polícia não teve contato com ele até esse momento e a
gente não pode fazer acusações levianas", disse Petrelluzzi, apesar
de ter frisado anteriormente que a
morte por causa natural é apenas
um indício de um exame preliminar feito por peritos do IML no
corpo de Dutra Pinto.
Petrelluzzi também afirmou
que a morte do sequestrador não
vai prejudicar as investigações da
polícia. "Eu ouvi muitas pessoas
dizendo: "ele foi morto para não
depor". Só que ele já tinha sido ouvido seja na Corregedoria [de Polícia", seja em juízo. A versão dele
já foi formalizada", disse
Até o resultado dos exames toxicológicos do corpo de Dutra
Pinto, a investigação policial fica
em compasso de espera.
"Não podemos submeter ninguém ao constrangimento de um
indiciamento ou coisa do gênero
sem antes você ter prova de que a
morte foi provocada. Mas essas
conclusões serão muito rápidas,
não vão demorar muito", afirmou
Petrelluzzi.
(GP)
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