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Intoxicação alimentar leva 85 ao hospital no litoral norte do Estado
ANDRÉIA BARROS
FREE-LANCE PARA A FOLHA VALE
Cerca de 85 pessoas ficaram intoxicadas após ingestão de alimentos contaminados no feriado
do Réveillon nas praias de Itamambuca, Itaguá, Tenório e
Grande, em Ubatuba, no litoral
norte do Estado de São Paulo.
As vítimas de intoxicação ficaram internadas para observação
médica na Santa Casa de Ubatuba, mas todas foram liberadas. Os
últimos pacientes deixaram o
hospital ontem.
Até ontem à tarde, a Vigilância
Sanitária ainda não havia descoberto a causa da contaminação.
Todos os casos foram registrados
do dia 1º em diante.
O órgão conseguiu identificar o
ambulante que vendeu lanches
supostamente contaminados em
Itamambuca, onde pelo menos 50
pessoas apresentaram os sintomas de intoxicação, como diarréia, vômito e dores abdominais.
Ele tinha autorização da prefeitura para trabalhar. Segundo a diretora da Vigilância, Josiane Andreata, o ambulante será autuado
e deverá ter a licença cassada. Ela
não soube informar o nome dele.
Dos 35 casos restantes, dez foram intoxicações por ostras na
praia de Itaguá, e 25 por lanches
diversos nas praias Grande e do
Tenório. Todos os alimentos foram comprados de ambulantes.
A Secretaria da Saúde de Ubatuba decidiu iniciar hoje um arrastão para combater a presença de
ambulantes clandestinos nas
praias. Quatro técnicos da Vigilância e 18 fiscais do município
começarão a retirar todos os clandestinos da cidade.
A fiscalização também vai criar
novas regras, de acordo com o
produto comercializado, para os
ambulantes cadastrados.
Uma delas, segundo Josiane, será restringir o tipo de alimento
vendido. O vendedor de pastel,
por exemplo, terá de levar ao local
de trabalho o produto já montado
e conservado.
Outra regra, prevista para 2003,
será a mudança ou restrição de
atividade. Ao renovar a licença, o
ambulante terá de provar que vai
comercializar produtos com procedência comprovada e que não
necessitam de manuseio.
Na próxima semana, serão distribuídos cerca de 500 mil folhetos
orientando a população sobre o
risco de ingerir alimentos de procedência duvidosa.
O presidente do Sindicato de
Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Ubatuba, Claudino Veloso Borges Neto, disse que os
próprios comerciantes vão auxiliar nos custos e distribuir os panfletos, além de oferecer apoio para
vistoria dos estabelecimentos.
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