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"Não foram violentos e só queriam o dinheiro", diz vítima
DO "AGORA"
O vendedor N.A.S., 42, e seu
filho de 6 anos foram duas vítimas do seqüestro. Ele trabalha
na oficina de radiadores e foi
rendido junto com os patrões.
"Desde o começo fomos bem
tratados. Eles diziam que não
eram pés-de-chinelo e só queriam o dinheiro da Prosegur."
N. afirmou que no primeiro
dia todos ficaram na casa de um
dos sócios da oficina. "Eles não
foram violentos e só mostraram as armas para nos render e
mesmo assim sem apontar."
Segundo a vítima, desde o
início o bando contou qual era o
plano. Boa parte estava de capuz ou boné. "Eles demonstravam que sabiam muito da nossa
vida. Diziam que conheciam
nossas rotinas e que a gente deveria ficar esperto para não
acusar ninguém."
O vendedor contou que os seqüestradores trouxeram remédios, já que algumas vítimas estavam com dor de cabeça e febre. Segundo N., a casa do patrão estava vazia, pois ele ainda
fazia a mudança. "Por isso não
tinha nem geladeira. Eles traziam a comida."
No segundo dia, os criminosos disseram que os levariam
para um cativeiro. "Tentamos
negociar para ficar na casa, mas
eles temiam que alguém da família pudesse aparecer."
Na chácara, os reféns foram
mantidos em quartos. "Mas as
crianças ficavam soltas e brincavam na varanda. Eles pediram para a gente disfarçar para
que elas não notassem, mas
meu filho deve ter percebido."
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