São Paulo, sexta-feira, 04 de janeiro de 2008

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"Não foram violentos e só queriam o dinheiro", diz vítima

DO "AGORA"

O vendedor N.A.S., 42, e seu filho de 6 anos foram duas vítimas do seqüestro. Ele trabalha na oficina de radiadores e foi rendido junto com os patrões. "Desde o começo fomos bem tratados. Eles diziam que não eram pés-de-chinelo e só queriam o dinheiro da Prosegur."
N. afirmou que no primeiro dia todos ficaram na casa de um dos sócios da oficina. "Eles não foram violentos e só mostraram as armas para nos render e mesmo assim sem apontar."
Segundo a vítima, desde o início o bando contou qual era o plano. Boa parte estava de capuz ou boné. "Eles demonstravam que sabiam muito da nossa vida. Diziam que conheciam nossas rotinas e que a gente deveria ficar esperto para não acusar ninguém."
O vendedor contou que os seqüestradores trouxeram remédios, já que algumas vítimas estavam com dor de cabeça e febre. Segundo N., a casa do patrão estava vazia, pois ele ainda fazia a mudança. "Por isso não tinha nem geladeira. Eles traziam a comida."
No segundo dia, os criminosos disseram que os levariam para um cativeiro. "Tentamos negociar para ficar na casa, mas eles temiam que alguém da família pudesse aparecer."
Na chácara, os reféns foram mantidos em quartos. "Mas as crianças ficavam soltas e brincavam na varanda. Eles pediram para a gente disfarçar para que elas não notassem, mas meu filho deve ter percebido."


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