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Prefeitura quer diversificação
em Santa Cruz do Sul (RS)
A Prefeitura de Santa Cruz do
Sul concentra seus esforços para a
diversificação da atividade agrícola no município.
A Secretaria Municipal da Agricultura não se dedica à lavoura de
fumo, base da economia local.
"Seria equivocado se Santa Cruz
se acomodasse no fumo. A diversificação da produção é vital para os
agricultores", disse o secretário da
Agricultura do município, Emílio
Hoeltgebaun.
De "capital nacional do fumo",
como se tornou conhecida, a cidade pretende se transformar agora
em "capital das flores".
O plantio de flores, que está crescendo, surge como mais uma alternativa ao cultivo do fumo, junto
com a produção de leite, a criação
de suínos e de hortaliças.
Por trás do desejo de diversificação, há um certo constrangimento
pelo vínculo do município à produção de fumo, por conta das
campanhas antitabagistas.
Ao mesmo tempo, a pujança dos
negócios ligados ao fumo é um orgulho histórico da cidade.
O fumo é o único produto agrícola com seguro contra granizo e
vendaval, por meio de contrato
entre uma entidade privada, a Afubra (Associação dos Fumicultores
do Brasil), e os agricultores.
O seguro também pode envolver
indenização em caso de incêndio
das estufas.
A garantia de compra da produção do município é dada pela indústria do tabaco.
Na atual safra, os produtores reivindicaram reajuste de 23,7% sobre o preço médio de R$ 2,00 por
quilo, praticado na safra anterior.
A indústria, que presta assistência técnica aos agricultores, não
abre mão de conceder 5% de reajuste, alegando que houve queda
no preço internacional do produto
e redução do custo de produção,
de R$ 1,81 para R$ 1,55, da safra
anterior para a atual.
No Vale do Rio Pardo, onde fica
Santa Cruz do Sul, há 32.401 produtores de fumo, em 25 municípios. Eles ocupam 57.511 hectares e
produzem 114 mil toneladas de fumo por safra.
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