São Paulo, quinta-feira, 04 de março de 2004

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Em Maceió, 16 bebês morrem em um mês

DA AGÊNCIA FOLHA

Dezesseis bebês morreram na UTI neonatal do Hospital Universitário (HU), em Maceió, no mês de fevereiro. O local tem capacidade para atender dez bebês, mas chega a receber 19 crianças.
Para o diretor-geral do HU, João Macário, a superlotação aumenta a possibilidade de morte dessas crianças, que estão em situação de risco. Das 16 crianças que morreram, 11 pesavam menos de 1,5 kg. "Quando se tem instalações físicas, pessoal e equipamento para trabalhar com dez [crianças] e se extrapola para 11 ou 12, já vira um sufoco", disse.
O anúncio do aumento no número de mortes de recém-nascidos foi feito pela direção do HU em meados de fevereiro. Nos dez primeiros dias do mês, sete bebês já haviam morrido. Em fevereiro de 2003, o número foi de dez bebês mortos para 47 atendimentos.
Exames microbiológicos feitos pela Vigilância Sanitária de Maceió descartaram a possibilidade de infecção. Já o secretário da Saúde do Estado, Álvaro Machado, disse que a superlotação não contribuiu para a morte dos bebês, segundo investigação feita pelos técnicos da própria secretaria.
Para o secretário, houve uma concentração de casos de crianças de baixo peso, cuja possibilidade de morte é grande.


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