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PATRIMÔNIO
Juíza pede dados sobre reforma do Obelisco e túnel
DA REPORTAGEM LOCAL
A juíza Maria Lúcia Pizzotti
Mendes, da 32ª Vara Cível, determinou ontem que os governos estadual e municipal entreguem à
Justiça uma série de documentos
relativos à construção do Obelisco do Ibirapuera e do viaduto
Ayrton Senna, ambos na zona sul
de São Paulo. O objetivo é analisar
o motivo das rachaduras e demais
danos observados no Obelisco.
Os problemas foram detectados
em um laudo técnico realizado
por determinação judicial. O laudo apontou para a necessidade de
um estudo do solo sob o monumento, para verificar alterações
causadas tanto pela construção
do túnel Ayrton Senna, concluído
em 1995, como pela vibração causada pelo trânsito.
A juíza determinou que a prefeitura envie cópia de documentos sobre a autorização da obra de
restauro e que informe se houve
interesse de outras empresas pela
restauração do local -atualmente patrocinado pela Claro.
Mendes também questiona a
municipalidade se um processo
de licitação para as obras de restauro chegou a tramitar.
O Obelisco pertence ao governo
do Estado, mas é administrado
pela Sociedade dos Veteranos de
32, que contratou o restauro. No
ofício, a juíza não faz nenhum pedido à entidade.
Mendes também determinou
que o governo estadual e a prefeitura, assim como seus respectivos
órgãos de preservação do patrimônio histórico, apresentem três
estudos do solo sob o Obelisco:
um de quando foi construído, outro da época da construção do túnel e um terceiro, necessário para
a autorização do restauro. Governo e prefeitura não comentaram
as determinações da juíza.
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