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AMBIENTE
Estudo mostra que a atmosfera melhorou de 2000 para 2001; segundo técnico, ar ainda está "longe de ser bom"
Poluição em SP diminuiu no ano passado
RENATO ESSENFELDER
DA REPORTAGEM LOCAL
A poluição do ar em São Paulo apresentou uma pequena queda
em 2001 em relação a 2000. A conclusão é do "Relatório de Qualidade do Ar no Estado de São Paulo", divulgado pela Cetesb (agência ambiental do governo) na semana passada.
O estudo mostra que, tanto na capital como no interior, há tendência de ligeira redução da emissão de partículas poluentes (fumaça, poeira, terra e resíduos de
combustão) e gases (ozônio, dióxido de enxofre, monóxido de
carbono e dióxido de nitrogênio) na atmosfera nos próximos anos.
Dentre as duas classes de poluentes, as partículas representam
cerca de 60% das causas de má qualidade do ar.
No ano passado, a Cetesb registrou seis dias nos quais as partículas inaláveis estavam em quantidade acima do normal. Em 2001, foram cinco dias.
O principal motivo para tanto seria a modernização da frota
-principalmente da capital, que tem hoje cerca de 5,3 milhões de
veículos. Segundo a Cetesb, um único carro da década de 80 polui
mais o ar do que 40 modelos novos. O órgão afirma que a maior
parte da poluição do ar vem dos veículos, e não das indústrias.
A melhoria da qualidade dos combustíveis também é apontada
como agente importante na preservação do ar.
Segundo o gerente do departamento de qualidade ambiental da
Cetesb, Jesuíno Romano, embora a década atual tenda a ter menos
poluentes na atmosfera do que as anteriores, o ar em São Paulo ainda está longe de ser bom.
De acordo com o relatório divulgado pela agência, "São Paulo
apresenta um nível tal de comprometimento da qualidade do ar
que requer um sistema de monitoramento a longo prazo".
O processo de remediação da atmosfera demandaria, assim, pelo menos uma década inteira.
Vilão
O relatório também aponta um "vilão" ambiental: o ozônio. O gás ultrapassou o limite considerado normal em 78 dias em 2001, contra 67 dias em 2000.
Isso significa que, em mais de 21% do total de dias do ano passado, o ozônio na cidade de São Paulo esteve acima do aceitável.
O gás causa irritação nos olhos e nas vias respiratórias e tosse.
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