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Sentença determina retirada em um ano
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUBATÃO
Desde o mês passado, a Prefeitura de Cubatão tem prazo de um
ano para retirar os atuais moradores, extinguir fisicamente os
bairros e fazer a recuperação ambiental da área de mangue sobre a
qual se ergueram as favelas Ilha
Bela e Sítio Novo.
A decisão consta de sentença judicial de primeira instância, resultante da tramitação de uma das
ações movidas pelo Ministério
Público para preservar o que resta
de mangue no município.
A promotora do Meio Ambiente Liliane Garcia Ferreira disse
que, por se tratar de sentença, não
há mais possibilidade de acordo, e
os moradores terão de sair.
Segundo ela, situação semelhante ocorreu no ano passado,
quando o Ministério Público obteve medida judicial para remover 540 famílias que ocuparam
uma área de preservação ambiental no morro do Marzagão.
Na ocasião, a prefeitura realocou os invasores para um conjunto habitacional da CDHU. "Aquele caso demonstrou que é possível
fazer", disse a promotora.
Por meio da assessoria, a prefeitura informou que não recorrerá
da sentença por entender que tem
de cumpri-la. Para isso, necessita
estabelecer um entendimento
com o Ministério Público e a
CDHU, a fim de que seja garantida moradia para quem tiver de
deixar as favelas -cerca de 1.200
famílias, segundo a promotoria.
"Tenho muito medo de ser
obrigada a sair. Sofri muito para
comprar esse barraco", afirmou
Veronica Ferreira dos Santos, 58,
que há três anos pagou R$ 4.500
para se livrar do aluguel de R$ 300
mensais no bairro Jardim Casqueiro (região central da cidade).
Segundo a promotora Liliane
Ferreira, estão em tramitação outras ações semelhantes com a finalidade de desocupar áreas invadidas nos bairros-cota (ocupações que ficam no lugar dos canteiros e estão em áreas altas e inclinadas) da serra do Mar e nas favelas Água Fria e Vila Caic.
(FS)
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