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Vegetação é tema de atividades escolares
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUBATÃO
O trabalho educativo lançado
pelas sociedades de melhoramentos das favelas contra novas invasões e em favor da preservação
ambiental fez do mangue o tema
que permeia todas as atividades
da escola municipal Professora
Elza Silva dos Santos, a única de
ensino fundamental da região.
De acordo com a diretora Marlene de Araújo Santos, os alunos
aprendem geografia, por exemplo, a partir de referências extraídas do cotidiano deles próprios,
muitos dos quais moradores das
palafitas situadas à beira do rio
Paranhos.
Um desses estudantes foi o autor do nome simbólico do caranguejo local, escolhido em um concurso na escola.
Observando os caranguejos por
um buraco no chão do barraco
onde vive, o estudante inscreveu
no concurso o nome Três Cocos,
onomatopéia que remete ao ruído
produzido pelos animais durante
a cópula.
A própria cerca virou objeto de
discussão entre as crianças, apontada como meio para evitar a extinção do "Três Cocos".
De acordo com a diretora, os estudantes aprenderam a distinguir
o macho e a fêmea do caranguejo
e começaram a repassar a informação para pais e pescadores,
com o objetivo de que eles não
capturem a fêmea, garantindo a
manutenção da espécie.
"O mangue virou a temática da
escola. Já criamos cursos de capacitação, palestras, gincanas e seminários. É um ponto de partida.
Tudo o que a gente faz está relacionado a isso", afirmou a diretora Marlene Santos.
Entre as atividades das crianças
está a coleta de lixo limpo. Elas recolhem das ruas dos bairros e do
comércio local embalagens recicláveis e levam para a escola, onde
produzem objetos decorativos e
criam invólucros para presentes.
Uma das peças criadas com esse
material é uma maquete do próprio mangue, reproduzido no interior de uma caixa-d'água.
(FS)
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