|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Após 2 semanas, alunos e reitoria da USP retomam negociações
Hoje ocorrerão assembléias de docentes e funcionários, que estão em greve
Rafael Mussi/Folha Imagem
|
Tom Zé em show na USP anteontem; músico apoiou alunos |
DA REPORTAGEM LOCAL
Os estudantes que invadiram
a reitoria da USP há 32 dias deverão ter um encontro hoje
com a reitora da instituição,
Suely Vilela. As negociações entre manifestantes e a direção da
universidade estão paradas há
quase duas semanas.
Os alunos têm uma pauta de
18 reivindicações, sendo 16 delas referentes a políticas internas da universidade, como melhoria nas moradias e democratização da instituição.
Os outros pontos são relacionados ao governador José Serra (PSDB): aumento de verbas
para USP, Unesp e Unicamp e
revogação de decretos que, dizem os manifestantes, ferem a
autonomia universitária.
No último encontro com a direção da universidade, a reitora
da USP aumentou de cinco para oito os pontos da pauta de
reivindicação que poderiam ser
atendidos imediatamente. Ela
propôs ainda uma comissão
com docentes e alunos para
analisar as outras demandas
apresentadas.
Naquele momento, Suely Vilela afirmou que era a sua última proposta e exigiu que os estudantes deixassem a reitoria.
Há três semanas, a Justiça concedeu uma liminar à direção da
universidade para reintegração
de posse. Até o momento não
houve intervenção policial porque as partes ainda buscam
uma saída pacífica.
"Reapresentaremos a nossa
pauta", disse Carlos Gimenes,
do comitê de comunicação dos
alunos. "O que nos foi oferecido
pela reitoria até agora é insuficiente." A reportagem não conseguiu contato com a reitora.
Na última sexta-feira, a assessoria da universidade confirmou o encontro para hoje.
Em assembléia naquele mesmo dia, os estudantes também
viram como insuficiente o fato
de Serra ter publicado um decreto no qual diz que está assegurada a autonomia das universidades. Eles exigem a revogação dos decretos.
Está prevista para amanhã
uma nova assembléia de alunos, para reavaliar as negociações com o governo e a reitoria.
Hoje ocorrerão assembléias
de docentes e funcionários, que
estão em greve em apoio aos estudantes e por outras reivindicações, como reajuste salarial.
Texto Anterior: Vítima estava sem colete à prova de balas Próximo Texto: Judeus lotam McDonald's para comer sanduíche sem bacon e sem queijo Índice
|