São Paulo, segunda-feira, 04 de junho de 2007

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Após 2 semanas, alunos e reitoria da USP retomam negociações

Hoje ocorrerão assembléias de docentes e funcionários, que estão em greve

Rafael Mussi/Folha Imagem
Tom Zé em show na USP anteontem; músico apoiou alunos


DA REPORTAGEM LOCAL

Os estudantes que invadiram a reitoria da USP há 32 dias deverão ter um encontro hoje com a reitora da instituição, Suely Vilela. As negociações entre manifestantes e a direção da universidade estão paradas há quase duas semanas.
Os alunos têm uma pauta de 18 reivindicações, sendo 16 delas referentes a políticas internas da universidade, como melhoria nas moradias e democratização da instituição.
Os outros pontos são relacionados ao governador José Serra (PSDB): aumento de verbas para USP, Unesp e Unicamp e revogação de decretos que, dizem os manifestantes, ferem a autonomia universitária.
No último encontro com a direção da universidade, a reitora da USP aumentou de cinco para oito os pontos da pauta de reivindicação que poderiam ser atendidos imediatamente. Ela propôs ainda uma comissão com docentes e alunos para analisar as outras demandas apresentadas.
Naquele momento, Suely Vilela afirmou que era a sua última proposta e exigiu que os estudantes deixassem a reitoria. Há três semanas, a Justiça concedeu uma liminar à direção da universidade para reintegração de posse. Até o momento não houve intervenção policial porque as partes ainda buscam uma saída pacífica.
"Reapresentaremos a nossa pauta", disse Carlos Gimenes, do comitê de comunicação dos alunos. "O que nos foi oferecido pela reitoria até agora é insuficiente." A reportagem não conseguiu contato com a reitora. Na última sexta-feira, a assessoria da universidade confirmou o encontro para hoje.
Em assembléia naquele mesmo dia, os estudantes também viram como insuficiente o fato de Serra ter publicado um decreto no qual diz que está assegurada a autonomia das universidades. Eles exigem a revogação dos decretos.
Está prevista para amanhã uma nova assembléia de alunos, para reavaliar as negociações com o governo e a reitoria.
Hoje ocorrerão assembléias de docentes e funcionários, que estão em greve em apoio aos estudantes e por outras reivindicações, como reajuste salarial.


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