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OUTRO LADO
Deputado nega acusações
da Agência Folha, em Rio Branco
O deputado estadual e coronel da PM Hildebrando Pascoal (PFL) disse à Agência Folha que está "com saco cheio e
nojo" de falar a respeito das
investigações sobre os grupos
de extermínio de Rio Branco.
Pascoal é apontado nas investigações da subcomissão federal como um dos responsáveis diretos por pelo menos
três mortes e por acobertar crimes de policiais militares.
Convidado pela subcomissão
em 2 de fevereiro último a depor sobre o assunto, Pascoal
não compareceu, alegando que
a subcomissão não tinha validade jurídica.
"Não tenho nada a declarar.
Tem coisa mais importante para você procurar por aí", disse
o coronel, aconselhando a reportagem, de forma irônica, a
procurar o presidente do Tribunal de Justiça, Gercino José
da Silva Filho, cujas denúncias
motivaram a criação da subcomissão. "Vá procurar ele (o
presidente do TJ)", disse o deputado, por telefone.
Procurado pessoalmente na
semana passada pela reportagem na Assembléia Legislativa,
Pascoal não foi encontrado. O
deputado disse ontem que está
em campanha e por isso mantém seu gabinete fechado.
Em um discurso na assembléia no ano passado, o deputado disse que as denúncias
eram "uma fantasia do presidente do Tribunal de Justiça".
Ele afirmou que o presidente
deveria ser processado por calúnia e ainda pediu a demissão
do comandante-geral da Polícia Militar e do Secretário de
Segurança Pública, por não defenderem seus subordinados.
O primo do deputado, Aureliano Pascoal, também coronel, depôs na subcomissão e
negou envolvimento com esquadrões e participação em assassinatos de suspeitos.
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