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Rio Branco tem 800
pontos de drogas
da Agência Folha, em Rio Branco
Um levantamento divulgado pela Secretaria da Segurança Pública
(SSP) do Acre apontou o envolvimento de pelo menos 17 mil pessoas com o narcotráfico em Rio
Branco, cidade que tem cerca de
230 mil habitantes.
O número foi divulgado à imprensa acreana no final do ano
passado pelo delegado Eremildon
de Souza, do 2º Distrito Policial, e
creditado a um estudo da secretaria, que apontou ainda a existência
de 800 pontos de venda de droga
na cidade.
O subsecretário da Segurança
Pública do Estado, Silvano Rabelo, 37, considera hoje que os números foram superdimensionados, mas não faz estimativa atual
dos envolvidos.
Sobre as chamadas "bocas-de-fumo", ele diz acreditar
que "apenas" 300 pontos estejam
em atividade hoje na cidade de Rio
Branco.
A localização geográfica do Acre
é uma das explicações para uma
atividade tão intensa dos traficantes na cidade. O Acre faz divisa
com dois países produtores de cocaína, Peru e Bolívia.
Segundo Rabelo, a droga entra
no Estado por vários rios, igarapés
e trilhas abertas na selva amazônica, além de ser trazida em aviões
pequenos que pousam em dezenas
de pistas clandestinas. As pistas
também funcionam como "trampolins" para o mercado internacional da droga.
A principal via de tráfico tem sido o rio Juruá, que desemboca no
rio Amazonas e favorece o tráfico
para o exterior.
O contrabando de armas na região também é cada vez mais frequente. A polícia já apreendeu armas, como submetralhadoras,
pistolas e escopetas, provenientes
de Miami (EUA), principalmente,
além de Áustria, Alemanha e Espanha. As armas entrariam na
América do Sul pelo Chile, de onde vão para a Bolívia, o Peru e o
Brasil, por meio da fronteira
acreana.
Rabelo afirmou que nos últimos
90 dias a situação "mudou para
melhor", devido a ações das polícias Civil, Militar e Federal. Segundo ele, 98% dos usuários de drogas
na cidade consomem a pasta-base
de cocaína.
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