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Padre vê "página manchada" na história de SP
DA REPORTAGEM LOCAL
"Parelheiros será para sempre uma página manchada na história de São Paulo", diz o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Menor, que fez parte da comissão que analisou e condenou a unidade de Parelheiros antes da transferência de adolescentes.
Em maio de 2000, representantes do Ministério Público, da pastoral, do Conselho Regional de Psicologia, do Movimento Nacional de Direitos Humanos, do Conselho Estadual de Defesa da Pessoa Humana e dos Cedecas (Centros de Defesa da Criança e do Adolescente), visitaram o local.
Conceição Paganelli, 47, presidente da associação de mães de internos, disse que
se sentia aliviada com a notícia. "Ainda bem que fechou. O problema é tirar de um cadeião e botar em outro." Segundo ela, a experiência mostra que a Febem "devolve os meninos piorados".
A presidente da Febem, Maria Luiza Granado, afirmou que as instalações de
Parelheiros eram inadequadas e que o fechamento foi uma vitória. "Parelheiros
não é o modelo que queremos para a Febem." Ela disse que a Febem está, aos poucos, exercendo sua função sociopedagógica. "Há coisas na Febem com as quais a
gente não concorda. Não compactuamos com isso."
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