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Procuradoria do Estado recorre contra pagamento
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
A Procuradoria Geral do Estado
ingressou na Justiça nesta semana
com um recurso extraordinário
para cancelar a decisão do Tribunal de Justiça que concedeu a 68
magistrados aposentados da Bahia mais um salário por ano.
"Se o presidente do TJ [desembargador Dultra Cintra" não acatar o nosso recurso, vamos ingressar com um agravo de instrumento no Supremo Tribunal Federal",
disse o procurador-geral do Estado, Raimundo Viana.
Segundo Viana, os aposentados
não têm direito ao salário extra
que é pago para funcionários da
ativa. "Os aposentados estão de
férias permanentes e não devem
receber a gratificação."
A Procuradoria informou que o
Estado argumentou que o Tribunal de Justiça não tinha competência para julgar o mandado de
segurança, de acordo com precedentes do Supremo Tribunal Federal.
"A Constituição diz que cabe ao
Supremo processar ou julgar originariamente as ações em que todos os membros da magistratura
sejam diretamente ou indiretamente interessados", acrescentou
o procurador-geral.
Folha de pagamento
Somente com o pagamento dos
funcionários ativos, o governo estadual gasta cerca de R$ 182 milhões por mês. Segundo o governo, entre março e abril, a folha sofreu um crescimento de 0,81%.
Entre abril e maio, o valor foi
majorado em 0,56%. De acordo
com o governo, as majorações são
consequência do chamado "crescimento vegetativo" -aumento
das aposentadorias, pagamento
de férias e adiantamento de parte
do 13º salário.
Depois que o Estado foi obrigado a cumprir a determinação da
Justiça, o crescimento da folha foi
de 19,78%.
"A decisão do TJ pode inviabilizar a saúde financeira do Estado,
que possui 78 mil aposentados", disse Viana. (LF)
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