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Junção de fatores contribuiu para tragédia no NE
DE SÃO PAULO
Construção de barragens, retirada da população da margem dos rios e
ações ambientais. Essas
são algumas medidas que,
segundo especialistas, poderiam ter amenizado os
efeitos da tragédia ocorrida há duas semanas em
Alagoas e Pernambuco.
Desde então, as chuvas
mataram pelo menos 57
pessoas e deixaram 157 mil
fora de casa. Em AL, 69
continuam desaparecidas.
Estudiosos concordam
que a quantidade de água
que caiu nas margens dos
rios foi muito acima do
normal. Dizem, porém,
que outros fatores contribuíram para a tragédia.
As cidades mais atingidas ficam às margens dos
rios Mundaú e Una. Parte
das casas está na planície
de inundação desses rios.
"A medida mais efetiva
é fazer um zoneamento de
área de risco", diz Vladimir Caramori, professor de
engenharia ambiental da
federal de Alagoas.
Outra alternativa é
construir barragens de
contenção de cheias. Segundo o professor Abelardo Montenegro, da Universidade Federal Rural de
Pernambuco, os açudes da
região são voltados para o
armazenamento de água.
De acordo com Montenegro, especialista em recursos hídricos, os açudes
estavam cheios quando
choveu e não ajudaram a
"segurar" a enchente.
O próprio secretário de
Recurso Hídricos e Energéticos de PE, João Bosco de
Almeida, diz que é necessário construir quatro barragens na bacia do Una.
Especialistas também
citam a proteção das encostas e do solo, desassoreamento da calha dos rios
e recomposição de mata
ciliar para minimizar os
efeitos das chuvas.
(ESTELITA HASS CARAZZAI, JOÃO PAULO
GONDIM e LUIZA BANDEIRA)
Folha.com
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folha.com.br/100212
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