São Paulo, domingo, 04 de julho de 2010

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Junção de fatores contribuiu para tragédia no NE

DE SÃO PAULO

Construção de barragens, retirada da população da margem dos rios e ações ambientais. Essas são algumas medidas que, segundo especialistas, poderiam ter amenizado os efeitos da tragédia ocorrida há duas semanas em Alagoas e Pernambuco.
Desde então, as chuvas mataram pelo menos 57 pessoas e deixaram 157 mil fora de casa. Em AL, 69 continuam desaparecidas.
Estudiosos concordam que a quantidade de água que caiu nas margens dos rios foi muito acima do normal. Dizem, porém, que outros fatores contribuíram para a tragédia.
As cidades mais atingidas ficam às margens dos rios Mundaú e Una. Parte das casas está na planície de inundação desses rios.
"A medida mais efetiva é fazer um zoneamento de área de risco", diz Vladimir Caramori, professor de engenharia ambiental da federal de Alagoas.
Outra alternativa é construir barragens de contenção de cheias. Segundo o professor Abelardo Montenegro, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, os açudes da região são voltados para o armazenamento de água.
De acordo com Montenegro, especialista em recursos hídricos, os açudes estavam cheios quando choveu e não ajudaram a "segurar" a enchente.
O próprio secretário de Recurso Hídricos e Energéticos de PE, João Bosco de Almeida, diz que é necessário construir quatro barragens na bacia do Una. Especialistas também citam a proteção das encostas e do solo, desassoreamento da calha dos rios e recomposição de mata ciliar para minimizar os efeitos das chuvas. (ESTELITA HASS CARAZZAI, JOÃO PAULO GONDIM e LUIZA BANDEIRA)

Folha.com

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