DE SÃO PAULO

A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) atribuiu a defeitos no sistema de botoeiras a espera verificada pela reportagem na última semana em semáforos que pulavam a vez dos pedestres.
Ela diz que os casos apontados serão reparados até esta semana. Na Mooca, a manutenção normalizou a situação já na última sexta.
A empresa de trânsito nega a programação de semáforos para pular a vez de pedestres e favorecer a fluidez.
Segundo a CET, a regulação dos tempos de verde e vermelho "depende das características geométricas da via e do cruzamento e da demanda estimada de pedestres que desejam atravessar".
A empresa orienta a população a avisá-la sobre problemas pelo telefone 1188.
A CET considera que em alguns casos as botoeiras podem estar funcionando de forma intermitente. Essa seria uma explicação para, depois de algum pedestre acioná-la, às vezes um semáforo abrir em seguida e outras vezes não, pulando ciclos.
Na av. Tucuruvi, aonde a reportagem foi acompanhada do engenheiro Horácio Augusto Figueira, a situação dependia do horário: no fim da manhã, os semáforos nunca pulavam a vez do pedestre; mas à tarde sim, nos dois dias de observação.
Em São Paulo, existem 5.543 cruzamentos semaforizados, mas só 40% deles têm indicação para os pedestres -metade com botoeiras.
A CET diz que a implantação de semáforos na cidade "atende a critérios técnicos e levam em consideração os fatores de segurança, fluidez e acessibilidade".
Segundo ela, a programação dos ciclos e a distribuição dos tempos de verde "é variável" ao longo do dia -um mesmo semáforo pode ter esperas diferentes.
Mas a empresa diz que há um "tempo mínimo para travessia" -podendo variar "sempre para mais".
A CET afirma ainda que, em geral, os semáforos de pedestres com botoeira só abrem quando alguém a aperta para pedir a travessia.
No entanto, em alguns locais e horários com muita demanda, os semáforos são programados para abrir ao pedestre em alguns momentos, independentemente do acionamento da botoeira. (AI)


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