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FOCO
Para barrar pombos, Metrô vai "fechar" estação Santana
JOSÉ BENEDITO DA SILVA
DE SÃO PAULO
O local tem uma diversificada praça de alimentação e
estrutura de concreto que
permite a construção de ninhos e o uso para descanso.
Mas a vida fácil dos pombos
que frequentam a estação
Santana do metrô de SP pode
estar com os dias contados.
O Metrô vai contratar uma
empresa que irá atuar em
duas frentes para impedir o
acesso e a permanência das
aves na estação mais movimentada da zona norte, com
53 mil passageiros por dia.
Uma delas é um método de
eficácia apenas parcial: o uso
do gel repelente. Afasta os
pombos, mas tem validade
máxima de seis meses
O outro é mais radical: a
instalação de espículas, hastes metálicas com pontas,
que vão fechar os locais na
cobertura da estação e nos
canaletes das luminárias onde os pombos se aninham.
A empresa também irá remover restos de fezes e poeiras e descontaminar os locais. Caso funcione, o método será estendido a outras estações com o problema, que é
comum em terminais na superfície, como o de Santana.
No entorno da estação, há
barracas de salgados, bolachas, lanches, pizzas e doces. É fácil ver fregueses alimentando os pombos.
Desde o início do ano, 11
usuários registraram queixas
sobre pombos nos canais de
relacionamento do Metrô.
Pombos podem causar
doenças como a criptococose
(ataca pulmão e sistema nervoso central) e a histoplasmose (causa micose profunda e afeta órgãos internos),
além de intoxicações alimentares, alergias e dermatites.
Para o biólogo Luiz Sanfilippo, o controle dos pombos
precisa combinar redução da
oferta de alimentos, extinção
dos locais de dormitório e
adaptação das edificações.
A estratégia passa, diz ele,
por conscientizar a população. "As pessoas não aceitam
um rato, mas aceitam uma
pomba. Alimentam, têm simpatia por elas. As armas são
educação e higiene", afirma.
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