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Mães procuram vaga no Amparo
DA REPORTAGEM LOCAL
Segunda-feira, 21h. A dona-de-casa Valdenaide Alves, 31, com 39
semanas de gestação, percebe um
sangramento. Procura um hospital no bairro Grajaú (zona sul de
São Paulo), indicado pelo obstetra
que a acompanhou no pré-natal.
Ela é examinada e orientada a
voltar para casa. Por volta das
23h, o sangramento aumenta e
ela, em companhia do marido,
pegam um ônibus e rumam para
o Amparo Maternal, na Vila Clementino, localizado a pelo menos
50 km da sua casa. A viagem dura
duas horas. O bebê, um menino,
nasceu na noite de ontem.
"Fiquei com medo de ele nascer
em casa e resolvi arriscar. Aqui
[no Amparo Maternal" sei que
sempre tem vaga", afirma Valdenaide, que ocupava ontem um
dos 150 leitos da maternidade.
O mesmo aconteceu com a estudante Evelyn Coutinho, 17. Depois de passar pelo Hospital Artur
Saboya no domingo à noite e não
encontrar vaga, ela procurou o
Amparo Maternal, mesma maternidade onde Evelyn nasceu, e deu
à luz a menina Kemillen.
Já a dona-de-casa Cláudia Santos Moreira, 25, mãe de quatro filhos, foi levada ao Amparo por
uma ambulância do hospital Santa Marcelina, que não tinha vaga
no berçário na noite de domingo.
No caso dela, o encaminhamento aconteceu como o descrito por
Adalgisa Nomura, do plantão de
vagas. Ela chegou a 1h de anteontem no Santa Marcelina e às 4h já
estava no Amparo Maternal.
"Foi muito tranquilo. Eu já estava com cinco dedos de dilatação, e
ele nasceu rapidinho."
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