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Pesquisa mostra que estresse pode diminuir fertilidade da mulher
DA FOLHA RIBEIRÃO
O estresse do dia-a-dia pode diminuir a fertilidade da mulher.
Descobrir quais os neurotransmissores relacionados a esse problema é o que tenta provar a pesquisa de um grupo que trabalha
em parceria com o Setor de Reprodução Humana do HC (Hospital das Clínicas) de Ribeirão.
Estudos do grupo comprovaram a importância da noradrenalina (um neurotransmissor). No
momento da ovulação, a mulher
libera a substância, ativando o eixo que induz à ovulação.
Um outro tipo de estresse, o
agudo -provocado por uma situação de pânico repentino- pode ter o efeito contrário, ou seja,
aumentar a fertilidade. Isso porque haveria uma descarga de noradrenalina que induziria à ovulação. Isso explicaria o fato de mulheres vítimas de estupro terem
um índice de fertilidade maior.
Os estudos estão sendo realizados com ratos e serão relacionados aos seres humanos. No caso
do estupro, por exemplo, a equipe
coordenada pelo médico Marcos
Moura irá estudar mulheres que
são atendidas pelo HC.
O trabalho procura mudar a
idéia do tratamento de infertilidade. "Tratando o estresse, a mulher
não necessariamente irá precisar
tomar uma carga de hormônios
para ter um filho", afirmou o médico Marcos Moura.
Além disso, outro objetivo é
procurar aumentar a conscientização dos hospitais que recebem
mulheres vítimas de estupro.
"Como nessas mulheres o índice
de fertilidade é maior, é necessário que elas tomem um contraceptivo de urgência", disse.
As pesquisas estão sendo realizadas no laboratório de fisiologia
do setor de Odontologia da USP,
sob coordenação da professora
Janete Aparecida Anselmo Franci, em parceria com médicos da
Universidade Federal do Rio
Grande do Sul.
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