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Peso em testes impede aluno de saber qual nota tiraria
Mas com base no gabarito é possível medir desempenho
DA REPORTAGEM LOCAL
A curiosidade de ver como
seria o Enem pode fazer com
que os alunos corram para resolver as provas e conferir os
gabaritos que o MEC (Ministério da Educação) disponibilizou na internet desde quinta-feira, dia que o vazamento do
exame foi tornado público.
Mas calma: fazer a prova e
conferir o gabarito não vai dar
ao aluno a exata noção de qual
seria o seu resultado, já que a
nota final não será um simples
somatório.
Diferentemente das edições
anteriores, a prova deste ano
confere pesos às questões, segundo seu grau de dificuldade.
Trata-se da TRI (Teoria de
Resposta a Item), um modelo
matemático que não leva em
conta só o número de erros e
acertos, mas considera também se a questão era fácil, intermediária ou difícil.
Sistema antichute
Uma das grandes novidades
trazidas pela TRI ao Enem deste ano é o sistema antichute,
que procura um padrão nas respostas e, assim, confere ao aluno uma pontuação menor
quando avalia que ele acertou
uma questão por mera sorte.
Com a TRI, as perguntas são
"inteligentes" -sabe-se o perfil
de quem acerta com maior probabilidade as mais fáceis, as intermediárias e as difíceis.
É o padrão das milhares de
respostas que revela o chute.
Estatisticamente, quem erra
questões mais fáceis não acerta
as difíceis. Do mesmo modo, os
que acertam as mais complexas
não erram nas simples.
A detecção desse padrão só é
possível graças a um banco com
milhares de respostas de alunos que atualmente testam as
questões do Enem. Além de estabelecer padrões de resposta,
o teste também seleciona quais
serão as 180 questões que comporão o Enem.
Participam dessa etapa estudantes do segundo ano do ensino médio e universitários primeiranistas. Os alunos do terceiro ano do ensino médio, público-alvo do Enem, ficaram de
fora -para não terem acesso a
uma pergunta que possam encontrar no exame.
É devido a esse banco de
questões que o novo exame não
deverá ser completamente reelaborado. Bastará que o sistema
selecione outras 180 questões
-respeitando a porcentagem
prevista para o exame de 25%
das questões fáceis, 50% médias e 25% difíceis.
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