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Marta indica equipe de transição e deve receber tucano
DA REPORTAGEM LOCAL
A prefeita de São Paulo, Marta
Suplicy, designou ontem cinco secretários para a equipe que fará a
transição do governo para o prefeito eleito, José Serra (PSDB).
Marta, segundo dois desses secretários, está disposta a receber Serra na semana que vem, assim que
o tucano voltar do exterior.
"A prefeita vai mostrar o gabinete, o trabalho, a Serra", disse o
secretário de Transportes, Jilmar
Tatto, acrescentando que a própria Marta deverá fazer o convite.
Segundo o secretário de Abastecimento e Projetos Especiais, Valdemir Garreta, Marta está à disposição de Serra não só para recebê-lo, mas "para atender a tudo
que o prefeito eleito solicitar".
Também ontem, o ministro da
Articulação Política, Aldo Rebelo,
telefonou para Serra, em nome do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os dois conversaram à noite,
quando Serra respondeu à ligação
do ministro. Aldo também procurou os candidatos que derrotaram
o PT em Curitiba, Goiânia e Belém, parabenizando-os e se colocando à disposição.
Segundo uma fonte do palácio,
Lula quer receber, um a um, todos
os prefeitos eleitos, inclusive Serra. O primeiro encontro deverá,
no entanto, ser público, na reunião da Frente Nacional dos Prefeitos, na terça e quarta-feira da
semana que vem, em Brasília.
Transição
Ontem mesmo, o coordenador
da equipe de transição, o secretário de Governo, Rui Falcão, telefonou para o presidente do PSDB,
Edson Aparecido, para se colocar
à disposição. Além de Falcão,
Garreta e Tatto, a comissão será
integrada pelos secretários de Finanças, Luís Carlos Fernandes
Afonso, e de Subprefeituras, Carlos Zarattini. A primeira reunião
deverá acontecer na sexta-feira.
Aparecido, que estava numa escala no Chile, com destino à Austrália, indicou os ex-ministros
Clóvis Carvalho e Aloysio Nunes
Ferreira como representantes de
Serra. Segundo Tatto, a orientação é apoiar as mudanças propostas por Serra ao Orçamento, desde que suas promessas de campanha sejam preservadas.
Ao delegar a tarefa de fazer a
transição, Marta fez um apelo ao
quinteto: trabalho até o último
dia. "Ela disse que quer sair, no
dia 31 de dezembro, pela porta da
frente", disse Tatto.
A disposição de abrir os números é acompanhada de provocação. "Não há nada fora da Lei de
Responsabilidade Fiscal. Eles não
vão poder justificar uma possível
incompetência colocando a culpa
na atual gestão", disse Tatto.
(CS)
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