São Paulo, quinta-feira, 04 de novembro de 2004

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Marta indica equipe de transição e deve receber tucano

DA REPORTAGEM LOCAL

A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, designou ontem cinco secretários para a equipe que fará a transição do governo para o prefeito eleito, José Serra (PSDB). Marta, segundo dois desses secretários, está disposta a receber Serra na semana que vem, assim que o tucano voltar do exterior.
"A prefeita vai mostrar o gabinete, o trabalho, a Serra", disse o secretário de Transportes, Jilmar Tatto, acrescentando que a própria Marta deverá fazer o convite.
Segundo o secretário de Abastecimento e Projetos Especiais, Valdemir Garreta, Marta está à disposição de Serra não só para recebê-lo, mas "para atender a tudo que o prefeito eleito solicitar".
Também ontem, o ministro da Articulação Política, Aldo Rebelo, telefonou para Serra, em nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os dois conversaram à noite, quando Serra respondeu à ligação do ministro. Aldo também procurou os candidatos que derrotaram o PT em Curitiba, Goiânia e Belém, parabenizando-os e se colocando à disposição.
Segundo uma fonte do palácio, Lula quer receber, um a um, todos os prefeitos eleitos, inclusive Serra. O primeiro encontro deverá, no entanto, ser público, na reunião da Frente Nacional dos Prefeitos, na terça e quarta-feira da semana que vem, em Brasília.

Transição
Ontem mesmo, o coordenador da equipe de transição, o secretário de Governo, Rui Falcão, telefonou para o presidente do PSDB, Edson Aparecido, para se colocar à disposição. Além de Falcão, Garreta e Tatto, a comissão será integrada pelos secretários de Finanças, Luís Carlos Fernandes Afonso, e de Subprefeituras, Carlos Zarattini. A primeira reunião deverá acontecer na sexta-feira.
Aparecido, que estava numa escala no Chile, com destino à Austrália, indicou os ex-ministros Clóvis Carvalho e Aloysio Nunes Ferreira como representantes de Serra. Segundo Tatto, a orientação é apoiar as mudanças propostas por Serra ao Orçamento, desde que suas promessas de campanha sejam preservadas.
Ao delegar a tarefa de fazer a transição, Marta fez um apelo ao quinteto: trabalho até o último dia. "Ela disse que quer sair, no dia 31 de dezembro, pela porta da frente", disse Tatto.
A disposição de abrir os números é acompanhada de provocação. "Não há nada fora da Lei de Responsabilidade Fiscal. Eles não vão poder justificar uma possível incompetência colocando a culpa na atual gestão", disse Tatto. (CS)


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