São Paulo, sábado, 04 de novembro de 2006

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Horário de verão começa à meia-noite

Os relógios devem ser adiantados em uma hora; a mudança vai até 25 de fevereiro e visa reduzir o consumo de energia

Medida vale para os Estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e no Distrito Federal e representa uma economia de R$ 50 milhões


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O horário de verão começa hoje, à meia-noite, e vai até 25 de fevereiro. Será adotado nos Estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e no Distrito Federal. Nessas regiões, os moradores devem adiantar o relógio em uma hora. O horário de verão 2006/ 2007 terá 112 dias de duração, 13 a menos que a versão 2005/ 2006.
O principal objetivo do horário de verão é reduzir a demanda por energia elétrica. Demanda é a quantidade máxima de energia consumida em um determinado momento, geralmente entre 17h e 22h. Ou seja, é o máximo de capacidade que se exige do sistema elétrico.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a previsão é que haja uma redução de 4% a 5% na demanda no horário de pico, o que representa aproximadamente 2.000 MW (megawatts). Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, a previsão é de uma redução na demanda da ordem de 1.560 MW.
Isso equivale a duas vezes o consumo máximo de Brasília. Na região Sul, a redução deverá ser de 530 MW, o que equivale à 80% da carga no horário de maior consumo da cidade de Porto Alegre.
A redução da demanda por energia aumenta a segurança do sistema elétrico (diminui o risco de blecautes localizados, causados por sobrecarga da rede). No verão, o consumo de energia aumenta principalmente por dois fatores: incremento da produção industrial causado pelas encomendas de Natal e ao aumento da temperatura com a chegada do verão, que leva ao uso de aparelhos de ar-condicionado.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, se a medida não fosse adotada, seria preciso aumentar a geração termelétrica (mais cara). Com o horário de verão, a economia de geração termelétrica é de R$ 50 milhões, segundo o ministério. Esse custo adicional acabaria sendo repassado para a tarifa dos consumidores.
No período do ano em que o horário de verão é adotado, os dias têm duração maior por causa da posição da Terra em relação ao Sol. Com o período de luminosidade natural aumentado, a estratégia é usar menos energia elétrica durante o horário comercial. Nas regiões Nordeste e Norte do país, que estão mais próximos da linha do Equador, não há diferença significativa na duração do período de luminosidade dos dias ao longo do ano.
Na edição 2005/2006, o horário de verão resultou em uma redução de 4,6% na demanda por energia nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e de 5,6% no Sul. A quantidade de energia que deixou de ser consumida - 2.225 MW - equivale à demanda de uma cidade de 4,5 milhões de habitantes.


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