FERNANDO GALLO
DE SÃO PAULO

Apesar da previsão de aumento de 12,06% do Orçamento paulista em 2011, o governador eleito, Geraldo Alckmin (PSDB), terá, na área de transportes, uma verba 13,54% menor do que a que teve o Estado neste ano.
As secretarias de Transportes e Transportes Metropolitanos foram as únicas que tiveram cortes significativos na proposta orçamentária enviada pelo Palácio dos Bandeirantes à Assembleia.
Os orçamentos das pastas foram diminuídos em 16,12% e 11,9% respectivamente.
Juntas, somaram R$ 13,6 bilhões no Orçamento 2010. Em 2011, R$ 11,7 bilhões.
Além das duas, Relações Institucionais também foi cortada, em 0,34%. Todas as outras foram aumentadas.
O Orçamento ainda passará por mudanças no Legislativo, mas entre governistas já se dá como certo que a área de transportes não terá recomposição significativa.
A Secretaria de Planejamento afirma que a diminuição ocorreu por causa da menor necessidade de verba para a aquisição de trens para o metrô e a CPTM e em razão da conclusão do trecho sul do Rodoanel neste ano.
Em 2011, o trecho da obra a ser iniciado é o leste, que será feito pela iniciativa privada. Quanto aos trens, a maior parte da compra programada foi realizada em 2010.
Apesar disso, os próprios tucanos veem outros motivos. Um deles, o fato de que a pasta recebeu muitos recursos nos últimos dois anos da gestão José Serra para a tentativa de finalização de obras importantes como o Rodoanel e a linha 4 do metrô. Outro, a falta de suplementações extras no Orçamento.
Sem os cortes, as obras do metrô poderiam andar mais rápido. O R$ 1,9 bilhão cortado cobriria mais da metade dos R$ 2,7 bilhões estimados para a duplicação da rodovia dos Tamoios, obra que o governo afirma não poder fazer por falta de recursos.


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