São Paulo, sábado, 04 de dezembro de 2010 |
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OUTRO LADO Empresário nega crimes; outros investigados rejeitam as acusações DE BELÉM Todos os indiciados e citados no inquérito negam ter protegido ilegalmente Antonio Carlos Vilaça. O empresário nega ter cometido crimes sexuais contra menores. Segundo o advogado de Vilaça no caso, Osvaldo Serrão, ele "nega as acusações, não aceitando a autoria ou participação". "O Tribunal de Justiça reconheceu a ilegalidade de sua prisão", diz o advogado. Ele não comentou a suspeita de proteção ilegal. Em nota, o deputado federal Wladimir Costa (PMDB), o Wlad, chamou a investigação de "armadilha" e se disse "vitima de perseguição da alta cúpula da Policia Civil do Estado do Pará", a qual nutriria "um ódio fervoroso" dele. Segundo a nota, Wlad provocou esse ódio ao denunciar "diversos casos de desvio de conduta" de policiais. Sobre Vilaça, ele confirma conhecê-lo, mas disse que, se o empresário for considerado culpado, quer "que este [Vilaça] apodreça na cadeia". O juiz Carlos Alberto Flexa, 67, também disse conhecer o empresário e Wlad. Confrontado com o teor dos grampos, Flexa confirmou que ligou para a juíza do caso, mas a partir do próprio telefone. "Eu liguei para a juíza para saber o que é que estava acontecendo. Mas não influenciei nada, não pedi para fazer isso ou aquilo." Ele disse que sua atitude foi regular, apesar de o processo contra Vilaça correr em segredo. A Folha não conseguiu falar com a juíza. O delegado Edivaldo Lima disse que nunca investigou Vilaça e que, portanto, não tem nada a explicar. "Não tenho versão, não conheço, não posso falar", afirmou. A Divisão de Atendimento ao Adolescente da Polícia Civil do Pará reafirmou, no entanto, que foi Lima quem iniciou a investigação. O advogado Inocêncio Mártires Coelho negou ter ajudado a vazar informações sigilosas do Judiciário e chamou a insinuação de "equivocada". Se houve vazamento, disse, foi feito por adversários políticos de Vilaça. João Neri afirmou que não falaria porque o inquérito está sob segredo de Justiça. Micheline Oliveira disse que a suspeita é "leviana e irresponsável" e negou a suposta extorsão. (JCM) Texto Anterior: Polícia vê proteção a acusado de pedofilia Próximo Texto: Nos grampos, suspeitos citam mídia do Pará Índice | Comunicar Erros |
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