|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Subprefeituras investiram em recapeamento
DA REPORTAGEM LOCAL
O recapeamento de 330 km de
vias no segundo semestre de 2005,
incluindo parte das marginais, é
citado pela gestão Serra como
uma de suas principais ações nas
31 subprefeituras da capital.
A quantidade supera, de acordo
com a administração tucana, a totalidade desse tipo de medidas
nas quatro gestões anteriores -
Marta, Pitta, Maluf e Erundina.
O recapeamento das vias foi seguido de campanha para que os
cidadãos reformassem suas calçadas, mas na maioria dos lugares
houve baixa adesão -resultando
em vias em boas condições para
os veículos motorizados, mas não
para os pedestres, problema atacado por vários especialistas.
O engenheiro José Roberto Bernasconi foi um dos que viram
com bons olhos a repavimentação -até por conta do excesso de
buracos existente-, assim como
a reforma de viadutos, em oposição, segundo ele, à cultura de "só
valorizar aquilo que é novo", e
não a manutenção do que existe.
Essa recuperação do asfalto foi
feita tanto em áreas centrais como
periféricas. Mas a verba reservada
aos bairros em 2005 indicou que
os investimentos gerais das subprefeituras não se deu de forma
equânime em todas as regiões.
O gasto programado per capita
da Subprefeitura de Pinheiros,
por exemplo, foi quase três vezes
superior ao da de M'Boi-Mirim,
na zona sul de São Paulo.
O secretário das Subprefeituras,
Walter Feldman, considera que
essa comparação não é adequada
porque há secretarias que investem mais recursos na periferia.
Recuperação
Um discurso comum no primeiro ano de José Serra -assim
como ocorreu com gestões anteriores- é que os primeiros meses
de governo foram marcados por
dificuldades financeiras e recuperação do que já existe, em vez de
novas grandes obras ou projetos.
"A primeira preocupação foi
deixar tudo em pleno funcionamento", afirma Antônio Arnaldo
de Queiroz e Silva, secretário de
Infra-Estrutura Urbana e Obras,
citando os piscinões. "De que
adianta construir mais se os demais estiverem sujos?" Ele diz,
porém, haver 300 intervenções de
sua pasta -cem em andamento e
200 estudos ou licitações. Mas reconhece que não são obras da gestão Serra, mas simplesmente uma
continuidade. Ele afirma que "a
grande maioria estava parada",
mas admite que "as grandes prioridades [atuais] são semelhantes
[às da gestão Marta Suplicy]".
"A política no primeiro ano foi
fazer funcionar bem", reforça
Walter Feldman.
Texto Anterior: Balanço 2005: Serra prioriza intervenções na região central Próximo Texto: Rampa antimendigo causa polêmica na área social Índice
|