São Paulo, quinta-feira, 05 de janeiro de 2006

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Subprefeituras investiram em recapeamento

DA REPORTAGEM LOCAL

O recapeamento de 330 km de vias no segundo semestre de 2005, incluindo parte das marginais, é citado pela gestão Serra como uma de suas principais ações nas 31 subprefeituras da capital.
A quantidade supera, de acordo com a administração tucana, a totalidade desse tipo de medidas nas quatro gestões anteriores - Marta, Pitta, Maluf e Erundina.
O recapeamento das vias foi seguido de campanha para que os cidadãos reformassem suas calçadas, mas na maioria dos lugares houve baixa adesão -resultando em vias em boas condições para os veículos motorizados, mas não para os pedestres, problema atacado por vários especialistas.
O engenheiro José Roberto Bernasconi foi um dos que viram com bons olhos a repavimentação -até por conta do excesso de buracos existente-, assim como a reforma de viadutos, em oposição, segundo ele, à cultura de "só valorizar aquilo que é novo", e não a manutenção do que existe.
Essa recuperação do asfalto foi feita tanto em áreas centrais como periféricas. Mas a verba reservada aos bairros em 2005 indicou que os investimentos gerais das subprefeituras não se deu de forma equânime em todas as regiões.
O gasto programado per capita da Subprefeitura de Pinheiros, por exemplo, foi quase três vezes superior ao da de M'Boi-Mirim, na zona sul de São Paulo.
O secretário das Subprefeituras, Walter Feldman, considera que essa comparação não é adequada porque há secretarias que investem mais recursos na periferia.

Recuperação
Um discurso comum no primeiro ano de José Serra -assim como ocorreu com gestões anteriores- é que os primeiros meses de governo foram marcados por dificuldades financeiras e recuperação do que já existe, em vez de novas grandes obras ou projetos.
"A primeira preocupação foi deixar tudo em pleno funcionamento", afirma Antônio Arnaldo de Queiroz e Silva, secretário de Infra-Estrutura Urbana e Obras, citando os piscinões. "De que adianta construir mais se os demais estiverem sujos?" Ele diz, porém, haver 300 intervenções de sua pasta -cem em andamento e 200 estudos ou licitações. Mas reconhece que não são obras da gestão Serra, mas simplesmente uma continuidade. Ele afirma que "a grande maioria estava parada", mas admite que "as grandes prioridades [atuais] são semelhantes [às da gestão Marta Suplicy]".
"A política no primeiro ano foi fazer funcionar bem", reforça Walter Feldman.


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