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Pró-Mater sofrerá auditoria
da Reportagem Local
O Hospital e Maternidade Pró-Mater, de Santo André, sofrerá
uma auditoria pela prefeitura da
cidade, com apoio da Secretaria
de Estado da Saúde de São Paulo e
do Ministério da Saúde. Parte dos
partos que são realizados no local
será transferida para outros hospitais da região.
A decisão foi tomada ontem, em
reunião dos secretários municipais da Saúde do ABCD (Grande
SP) com o ministro José Serra e o
secretário estadual, José da Silva
Guedes. A causa da auditoria foi a
morte de um bebê, no dia 25 de janeiro, supostamente provocada
por uma infecção generalizada
decorrente das 15 horas em que a
mãe ficou em trabalho de parto
na Pró-Mater, hospital particular,
credenciado pelo SUS. Antes de
chegar à Pró-Mater, a mãe esteve
no Hospital Municipal de Santo
André, mas não havia vaga.
O ministro pediu à Secretaria de
Segurança Pública de São Paulo a
abertura de inquérito policial para apurar um possível crime de
omissão de socorro. A denúncia
também está sendo avaliada pelo
Conselho Regional de Medicina
de São Paulo.
O ministério da Saúde informou que há outros nove inquéritos contra a maternidade que
aguardam pareceres do CRM para conclusão. Segundo Serra, o
hospital não será descredenciado
do SUS por enquanto. "Vamos
aguardar a auditoria e a evolução
do serviço do hospital. Se não
houver melhoras, ele será descredenciado." O hospital tem capacidade para fazer 500 partos mensais. Foi estabelecido que 200 partos passarão a ser realizados pela
Santa Casa de Mauá e outros hospitais da região, até que o atendimento na Pró-Mater melhore.
A direção da Pró-Mater disse,
na ocasião em que foi noticiada a
morte do bebê, que a conduta do
hospital fora correta e que a mãe
estava sob observação.
Serra afirmou que estão sendo
repassados recursos extras para o
atendimento de partos de alto risco às cidades de Santo André (R$
328 mil), Mauá (R$ 329,5 mil) e
Diadema (R$ 329,5 mil) -o repasse já havia sido acertado antes
da morte do bebê.
O Secretário Municipal da Saúde de Santo André, Homero Nepomuceno Duarte, não saiu satisfeito. "Se tirarem os 200 partos da
Pró-Mater, ela não vai sobreviver,
porque deixará de receber o dinheiro por eles. A médio prazo a
prefeitura terá que assumir todos
esses partos", diz.
(PL)
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