São Paulo, quinta-feira, 05 de fevereiro de 2009

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Protesto fugiu ao controle, dizem moradores

DA REPORTAGEM LOCAL

O grupo que enfrentou a PM e provocou o quebra-quebra na favela de Paraisópolis tinha autorização dos traficantes locais para realizar apenas uma "manifestação pacífica" e fechar a av. Giovanni Gronchi temporariamente, segundo moradores.
Essa mesma autorização foi dada no passado, após uma série de atropelamentos, e o protesto acabou após a intervenção dos policiais. Dessa vez, porém, a manifestação fugiu ao controle, ainda segundo os moradores, o que deixou os traficantes locais (ligados à facção criminosa PCC) furiosos.
Os criminosos prometeram punir esse grupo por ter atraído a polícia, o que atrapalha o comércio de drogas.
Segundo a reportagem apurou, a inteligência da Polícia Civil -responsável pela investigação do caso- tem informações de que o estopim do protesto pode ser uma disputa entre policiais militares e o PCC pelo controle da comunidade.
O comando da PM da capital, segundo a reportagem apurou, vê com ressalvas essas acusações dos moradores. Colocou, porém, homens do serviço reservado infiltrados na comunidade para apurar o assunto.

Motivo
A polícia vai ouvir Francisco Antonio Cesário da Silva, 32, o Piauí, que está preso na Penitenciária 1 de Mirandópolis (594 km de SP).
O objetivo é descobrir se foi ele o mandante do quebra-quebra da última segunda. Piauí é apontado como chefe do PCC em Paraisópolis.
No domingo passado, Antonio Galdino de Oliveira, 24, cunhado de Piauí, foi preso na mesma ação policial que resultou na morte de Marcos Porcino, 25. A mulher de Galdino, Francisca Cesário da Silva, 35, irmã de Piauí, disse que a polícia forjou o flagrante por porte ilegal de armas porque seu companheiro teria presenciado um PM matar Porcino quando este já estava rendido. (ROGÉRIO PAGNAN)

Colaborou o"Agora"


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