|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Protesto fugiu ao controle, dizem moradores
DA REPORTAGEM LOCAL
O grupo que enfrentou a PM
e provocou o quebra-quebra na
favela de Paraisópolis tinha autorização dos traficantes locais
para realizar apenas uma "manifestação pacífica" e fechar a
av. Giovanni Gronchi temporariamente, segundo moradores.
Essa mesma autorização foi
dada no passado, após uma série de atropelamentos, e o protesto acabou após a intervenção dos policiais. Dessa vez, porém, a manifestação fugiu ao
controle, ainda segundo os moradores, o que deixou os traficantes locais (ligados à facção
criminosa PCC) furiosos.
Os criminosos prometeram
punir esse grupo por ter atraído
a polícia, o que atrapalha o comércio de drogas.
Segundo a reportagem apurou, a inteligência da Polícia Civil -responsável pela investigação do caso- tem informações de que o estopim do protesto pode ser uma disputa entre policiais militares e o PCC
pelo controle da comunidade.
O comando da PM da capital,
segundo a reportagem apurou,
vê com ressalvas essas acusações dos moradores. Colocou,
porém, homens do serviço reservado infiltrados na comunidade para apurar o assunto.
Motivo
A polícia vai ouvir Francisco
Antonio Cesário da Silva, 32, o
Piauí, que está preso na Penitenciária 1 de Mirandópolis
(594 km de SP).
O objetivo é descobrir se foi
ele o mandante do quebra-quebra da última segunda. Piauí é
apontado como chefe do PCC
em Paraisópolis.
No domingo passado, Antonio Galdino de Oliveira, 24, cunhado de Piauí, foi preso na
mesma ação policial que resultou na morte de Marcos Porcino, 25. A mulher de Galdino,
Francisca Cesário da Silva, 35,
irmã de Piauí, disse que a polícia forjou o flagrante por porte
ilegal de armas porque seu
companheiro teria presenciado
um PM matar Porcino quando
este já estava rendido.
(ROGÉRIO PAGNAN)
Colaborou o"Agora"
Texto Anterior: Moradores de Paraisópolis criticam PM Próximo Texto: Pasquale Cipro Neto: "Nulo" e "anulável" Índice
|