São Paulo, domingo, 05 de março de 2000


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SAÚDE

Médicos alertam sobre efeito do álcool

da Reportagem Local

O principal conselho de psiquiatras em relação ao consumo de álcool no Carnaval é não misturar bebidas.
"Um dos maiores perigos do consumo exagerado de álcool no Carnaval é a mistura", diz o psiquiatra Ronaldo Laranjeira. "As pessoas não vão se divertir mais se beberem em maior quantidade", afirma.
Como as festas de Carnaval e os desfiles de rua são eventos que envolvem multidões, os especialistas lembram que o álcool inibe a consciência e estimula a agir por instinto.
Com isso, muitos tornam-se mais agressivos e podem ter reações violentas. "Grande parte dos episódios de violência no Carnaval envolvem álcool", lembra Laranjeira.
Além disso, segundo Dartiu Xavier, da Universidade Federal de São Paulo, sob o efeito do álcool os motoristas tornam-se mais imprudentes.
Xavier lembra que, sob o efeito do álcool, as pessoas costumam esquecer do risco das doenças sexualmente transmissíveis, incluindo a Aids, ao fazer sexo sem usar preservativos.
Outro psiquiatra, Arthur Guerra de Andrade, diz que a sociedade é mais tolerante com pessoas embriagadas no Carnaval. "Muitos bebem, nessa época, em busca do seu efeito mais imediato: a embriaguez."
Para quem bebe em excesso, o maior risco é a desidratação. As pessoas, diz Laranjeira, acreditam que, ao beber cerveja, estão se hidratando, mas a bebida é quase totalmente eliminada pela urina. "Para completar, as pessoas alimentam-se mal", diz.
Se combinadas com drogas ilícitas, grandes quantidades de álcool têm um efeito ainda mais devastador. As combinações mais perigosas são cocaína e álcool. O uso do lança-perfume e do ecstasy (anfetamina que produz alucinações) também aumenta nessa época.



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