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SAÚDE
Médicos alertam sobre efeito do álcool
da Reportagem Local
O principal conselho de psiquiatras em relação ao consumo de álcool no Carnaval é não
misturar bebidas.
"Um dos maiores perigos do
consumo exagerado de álcool
no Carnaval é a mistura", diz o
psiquiatra Ronaldo Laranjeira.
"As pessoas não vão se divertir
mais se beberem em maior
quantidade", afirma.
Como as festas de Carnaval e
os desfiles de rua são eventos
que envolvem multidões, os especialistas lembram que o álcool inibe a consciência e estimula a agir por instinto.
Com isso, muitos tornam-se
mais agressivos e podem ter
reações violentas. "Grande parte dos episódios de violência no
Carnaval envolvem álcool",
lembra Laranjeira.
Além disso, segundo Dartiu
Xavier, da Universidade Federal
de São Paulo, sob o efeito do álcool os motoristas tornam-se
mais imprudentes.
Xavier lembra que, sob o efeito do álcool, as pessoas costumam esquecer do risco das
doenças sexualmente transmissíveis, incluindo a Aids, ao fazer
sexo sem usar preservativos.
Outro psiquiatra, Arthur
Guerra de Andrade, diz que a
sociedade é mais tolerante com
pessoas embriagadas no Carnaval. "Muitos bebem, nessa época, em busca do seu efeito mais
imediato: a embriaguez."
Para quem bebe em excesso, o
maior risco é a desidratação. As
pessoas, diz Laranjeira, acreditam que, ao beber cerveja, estão
se hidratando, mas a bebida é
quase totalmente eliminada pela urina. "Para completar, as
pessoas alimentam-se mal", diz.
Se combinadas com drogas
ilícitas, grandes quantidades de
álcool têm um efeito ainda mais
devastador. As combinações
mais perigosas são cocaína e álcool. O uso do lança-perfume e
do ecstasy (anfetamina que produz alucinações) também aumenta nessa época.
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