São Paulo, domingo, 05 de maio de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

SUS não cobre custo de colírios

DA REPORTAGEM LOCAL

O custo dos colírios e a disciplina para manter o tratamento. Essas são as principais dificuldades enfrentadas pelos portadores de glaucoma, diz Elisabete Fruchi, 50, coordenadora da Abrag, associação que reúne portadores da doença, seus amigos e familiares.
Ela afirma que muitos pacientes interrompem o tratamento e acabam perdendo a visão porque não conseguem comprar os colírios, indispensáveis para o controle da pressão intra-ocular. Esses remédios não fazem parte da cesta básica de medicamentos do SUS.
Dependendo do grau e do tipo de glaucoma, a pessoa precisa usar vários colírios ao dia pelo resto da vida. Segundo a Sociedade Latino-americana de Glaucoma, em 98% dos casos a doença atinge os dois olhos
Um estudo da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) mostra que 40% dos pacientes vítimas do glaucoma não seguem o tratamento proposto e que 10% das perdas de visão ocorrem devido às negligências no tratamento.
Sem o controle da pressão intra-ocular, o campo de visão vai diminuindo até a pessoa ficar cega. Os colírios servem para "estacionar" a doença. No Brasil, há 700 mil pessoas cegas por glaucoma.
Elisabete acredita que os novos colírios de dose única ao dia, como o Xalacom, lançado esta semana pelo laboratório Pharmacia e cujo preço ainda não está definido, podem ajudar na adesão.


Abrag - 0/xx/11/55752302


Texto Anterior: Saúde: Cirurgia para miopia "falseia" pressão ocular
Próximo Texto: Glaucoma exige cuidado constante
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.