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Para técnicos, falta fiscalização
DA REPORTAGEM LOCAL
A falta de fiscalização e de projetos de educação no trânsito são
as principais causas apontadas
por especialistas para os altos índices de mortalidade em acidentes observados na região Norte.
"Quando a punição é deficiente,
há um aumento no número de
acidentes. Precisa haver uma fiscalização efetiva, já que os trabalhos de educação no trânsito têm
resultados a longo prazo", diz Fábio Ford Feris Racy, presidente da
Abramet (Associação Brasileira
de Medicina de Tráfego).
O especialista em segurança no
trânsito David Duarte Lima, da
Universidade de Brasília, esteve
há uma semana em Macapá para
elaborar um projeto de redução
de acidentes. "Todos lá estão muito preocupados com a situação",
afirma. "A verdade é que muito
pouco foi feito pelo poder público. Não existe um trabalho educativo com os motoristas, as pessoas
dirigem em alta velocidade, e a
impunidade é quase absoluta."
Além disso, Lima aponta outros
problemas da região: a má sinalização de trânsito, a alta dos serviços de mototáxi e a precariedade
hospitalar, que faz com que pessoas acidentadas morram por falta de atendimento adequado. Ele
associa ainda parte dos acidentes
de trânsito à ausência de calçadas
amplas, obrigando os pedestres a
disputar a via com os carros.
Já a médica Maria do Perpétuo
Socorro Sabbá Guimarães, representante da Abramet no Norte,
destaca como um fator importante nos acidentes de trânsito na região a má conservação das estradas e a utilização de substâncias
estimulantes por caminhoneiros
para driblar a sonolência.
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