São Paulo, quarta-feira, 05 de maio de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Para técnicos, falta fiscalização

DA REPORTAGEM LOCAL

A falta de fiscalização e de projetos de educação no trânsito são as principais causas apontadas por especialistas para os altos índices de mortalidade em acidentes observados na região Norte.
"Quando a punição é deficiente, há um aumento no número de acidentes. Precisa haver uma fiscalização efetiva, já que os trabalhos de educação no trânsito têm resultados a longo prazo", diz Fábio Ford Feris Racy, presidente da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego).
O especialista em segurança no trânsito David Duarte Lima, da Universidade de Brasília, esteve há uma semana em Macapá para elaborar um projeto de redução de acidentes. "Todos lá estão muito preocupados com a situação", afirma. "A verdade é que muito pouco foi feito pelo poder público. Não existe um trabalho educativo com os motoristas, as pessoas dirigem em alta velocidade, e a impunidade é quase absoluta."
Além disso, Lima aponta outros problemas da região: a má sinalização de trânsito, a alta dos serviços de mototáxi e a precariedade hospitalar, que faz com que pessoas acidentadas morram por falta de atendimento adequado. Ele associa ainda parte dos acidentes de trânsito à ausência de calçadas amplas, obrigando os pedestres a disputar a via com os carros.
Já a médica Maria do Perpétuo Socorro Sabbá Guimarães, representante da Abramet no Norte, destaca como um fator importante nos acidentes de trânsito na região a má conservação das estradas e a utilização de substâncias estimulantes por caminhoneiros para driblar a sonolência.


Texto Anterior: Direção perigosa: Líderes de acidentes têm fiscalização falha
Próximo Texto: Urbanidade: A revanche da derrota de Nápoles
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.