São Paulo, quarta-feira, 05 de maio de 2010

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PM diz se preocupar com letalidade das ações

Segundo seu comandante -que não foi localizado ontem-, a corporação investe na formação dos policiais para evitar mortes

Em entrevista anterior, o coronel disse que o "evento morte não é interessante para a polícia"; secretário também não falou ontem

DA REPORTAGEM LOCAL

O comandante da PM paulista, coronel Álvaro Batista Camilo, tem dito que uma de suas preocupações é o índice de letalidade das ações e que há investimento na formação dos policiais para evitar mortes.
Ontem, a assessoria de imprensa da PM informou que não conseguiu localizar Camilo para que ele comentasse o aumento do número de mortos em confronto com policiais.
A Secretaria da Segurança Pública afirmou, entretanto, que havia conseguido contato com o policial, mas que ele estava em "deslocamento" para o Comando-Geral, onde iria consultar números e dados para poder falar com a Folha.
Em entrevista anterior, o coronel disse que o "evento morte não é interessante para a polícia". Para ele, o ideal é o policial prender o infrator e colocá-lo atrás das grades.
Na semana passada, Camilo mandou uma carta de desculpas à pedagoga Elza Pinheiro dos Santos, 62, cujo filho foi torturado e morto por policiais. Esse caso, porém, não entra na estatística de letalidade -é contabilizado como homicídio.
O secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, também não se manifestou sobre o caso.
Em 2009, ele disse que o combate ao crime não é violência. "Agir com rigor no combate ao crime violento não significa desbordar para o abuso, descambar para o mau combate, implantar a barbárie."


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