São Paulo, terça-feira, 05 de junho de 2001

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Grupos de SP oferecem ajuda a vítimas

DA REPORTAGEM LOCAL

Um dos maiores problemas das mulheres vítimas de violência -especialmente as de baixa escolaridade- é que elas desconhecem seus direitos. "Elas têm medo de perder a casa e a guarda dos filhos", explica Mônica de Melo, procuradora do Estado e uma das coordenadoras do programa Promotoras Legais Populares.
O programa, criado em 1993, é um curso informal de direito e cidadania ministrado por advogados, promotores e juízes uma vez por semana durante um ano. Já existem 450 promotoras legais populares no Estado, a maioria na capital paulista.
As mulheres, a maioria delas lideranças comunitárias, aprendem a conhecer o sistema de Justiça, os direitos constitucionais básicos e a quem recorrer quando eles são violados. Depois, essas mulheres repassam conhecimentos em suas regiões.
Na zona leste de São Paulo, por exemplo, a associação de mulheres, uma instituição fundada há 14 anos, criou um centro de defesa que fornece assistência jurídica gratuita a vítimas de violência. As duas coordenadoras, Madalena dos Santos e Emerenciana de Jesus Custódio, fizeram o curso e começaram a conversar com as mulheres do bairro.
"Ao falar entre quatro paredes com mulheres da comunidade que já conhecíamos havia anos, descobrimos a força da violência doméstica", diz Madalena.
Hoje a associação é referência para o Judiciário e Delegacias de Defesa da Mulher, que mandam para lá vítimas de violência.
Também foram duas ex-alunas que fundaram, na zona norte, um centro de mediação de conflitos familiares para ajudar casais. (GA)



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