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Grupos de SP oferecem ajuda a vítimas
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dos maiores problemas das mulheres vítimas de
violência -especialmente
as de baixa escolaridade- é
que elas desconhecem seus
direitos. "Elas têm medo de
perder a casa e a guarda dos
filhos", explica Mônica de
Melo, procuradora do Estado e uma das coordenadoras
do programa Promotoras
Legais Populares.
O programa, criado em
1993, é um curso informal de
direito e cidadania ministrado por advogados, promotores e juízes uma vez por semana durante um ano. Já
existem 450 promotoras legais populares no Estado, a
maioria na capital paulista.
As mulheres, a maioria delas lideranças comunitárias,
aprendem a conhecer o sistema de Justiça, os direitos
constitucionais básicos e a
quem recorrer quando eles
são violados. Depois, essas
mulheres repassam conhecimentos em suas regiões.
Na zona leste de São Paulo,
por exemplo, a associação de
mulheres, uma instituição
fundada há 14 anos, criou
um centro de defesa que fornece assistência jurídica gratuita a vítimas de violência.
As duas coordenadoras, Madalena dos Santos e Emerenciana de Jesus Custódio, fizeram o curso e começaram a
conversar com as mulheres
do bairro.
"Ao falar entre quatro paredes com mulheres da comunidade que já conhecíamos havia anos, descobrimos a força da violência doméstica", diz Madalena.
Hoje a associação é referência para o Judiciário e
Delegacias de Defesa da Mulher, que mandam para lá vítimas de violência.
Também foram duas ex-alunas que fundaram, na zona norte, um centro de mediação de conflitos familiares para ajudar casais.
(GA)
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