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EVENTO FOLHA
Objetivo da ação não seria aumentar os lucros
Empresas vêem marketing social como um diferencial no mercado
DA REPORTAGEM LOCAL
A principal motivação dos empresários ao investir no social não
é melhorar a imagem da empresa
para aumentar os lucros. Esse foi
um dos pontos de vistas defendidos por debatedores que participaram do evento Responsabilidade Social X Marketing Social, que
ocorreu no auditório da Folha no
último dia 22.
O evento foi mediado pelo jornalista Mario Cesar Carvalho, repórter da Folha, e contou com a
participação do diretor-presidente da Fundação Abrinq e do Instituto Akatu, Hélio Mattar, da presidente da agência de publicidade
Full Jazz, Christina Carvalho Pinto, do presidente do Grupo Orsa,
Sérgio Amoroso, e da coordenadora-geral do Comitê Brasileiro
do Ano Internacional do Voluntário, Márcia Mattar citou pesquisas do Ipea (Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada) para defender o ponto de vista de que o marketing social como forma de corrigir possíveis deficiências na
imagem da empresa não é a primeira preocupação dos empresários.
"As pesquisas do Ipea feitas no
Nordeste e no Sudeste mostram
que a preocupação com a imagem
da empresa aparece atrás de motivações como criar o bem-estar
social ou aumentar a satisfação
pessoal do dono da empresa ao
dar um sentido de vida à atividade empresarial que vá além da
mera atividade lucrativa", disse.
Ele afirmou que as empresas estão buscando elementos de diferenciação no mercado. "Há algum tempo, algumas empresas se
diferenciaram pelo respeito ao
ambiente. Hoje, isso é considerado quase obrigatório. Uma empresa que entra no caminho da
responsabilidade social não tem
como voltar e vai se obrigar a fazer isso de forma permanente."
Para Christina Carvalho Pinto
não há uma dicotomia entre fazer
marketing social e ter responsabilidade social. "Fazer marketing
social é fazer de maneira mais
aguda, mais focada e mais profissional o trabalho de responsabilidade social." Márcia Tedesco disse que não vê problema em um
dos objetivos do empresário ao
realizar ações sociais ser o lucro.
"A responsabilidade que ele [o
empresário" assumiu dá retorno
para a comunidade", afirmou.
Amoroso, ao citar o exemplo da
Fundação Orsa, lembrou que o
que levou o Grupo Orsa a investir
em ações sociais não foi a melhoria da imagem para aumentar
vendas de papel, já que não vende
para o consumidor final.
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