DA SUCURSAL DO RIO E

DA REPORTAGEM LOCAL

Carmen Prudente, fundadora da Rede Feminina de Combate ao Câncer, primeira entidade voluntária do país, foi enterrada ontem no cemitério São João Baptista, em Botafogo (zona sul do Rio). Carmen morreu anteontem, aos 89 anos, de pneumonia.
A maior parte das pessoas que acompanharam o sepultamento era formada por antigos colaboradores, que trabalharam com ela durante mais de 40 anos. Voluntários da entidade que ela criou em 1946 vieram de São Paulo para se despedir da fundadora.
As doações arrecadadas permitiram a criação do Hospital do Câncer, em 1953. Hoje, a instituição atende 17 mil pessoas por mês e realiza 700 operações.
A dedicação de Carmen à causa começou quando ela conheceu o marido, Antonio Prudente, que viria a se tornar um dos maiores oncologistas do país.
Para Humberto Torloni, um dos diretores do hospital, "ela fez na área social o que o marido realizou no combate ao câncer".
A Rede Feminina de Combate ao Câncer tem 360 voluntárias no hospital. "No início, o trabalho da rede era obter doações para a construção do hospital. Hoje elas são necessárias para sua ampliação constante", diz Liana Maria Carraro de Moraes, que há um ano e meio preside a rede.
Carmen será homenageada em São Paulo na próxima segunda-feira, em missa na igreja Nossa Senhora do Brasil, às 12h.


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