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Menos de 2% da verba foi aplicada até maio
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Uma análise da liberação de verbas do Orçamento da União,
realizada pelo Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos),
apontou que menos de 2% do dinheiro previsto para programas
de meio ambiente neste ano saiu dos cofres públicos.
Do total de R$ 1,1 bilhão autorizado para investimentos, foram
gastos R$ 20,5 milhões (1,86%), até o último dia 10 de maio.
Nos cinco primeiros meses do ano passado, o percentual de execução orçamentária não ultrapassou 3%, segundo o Inesc.
Dos 21 programas do Ministério do Meio Ambiente, seis deles nem
sequer começaram a ser executados e somente quatro registravam
gastos de mais de 5% dos recursos previstos.
"Essa realidade reflete uma contradição da política ambiental do
Brasil. O discurso do governo é
um, mas a prática é outra, comprometendo as já precárias condições de fiscalização e controle ambientais", declarou Hélcio de Souza, assessor de meio ambiente do
Inesc, uma ONG.
Uma das preocupações destacadas pelo Inesc é o afunilamento
dos gastos no final do ano. Até novembro de 2001, segundo dados
da ONG, foram gastos apenas
20,7% dos recursos para os programas. Porém, da última semana
de dezembro até as duas primeiras semanas de janeiro deste ano,
foram gastos R$ 226 milhões, elevando o gasto para 66,65% do orçamento dos projetos.
O Inesc critica a "fragilidade"
das fontes de recursos que compõem o orçamento da política
ambiental do governo federal.
Apenas 11,45% dos recursos previstos eram oriundos de recursos
ordinários do Executivo. Por outro lado, mais de 50% eram recursos de impostos a serem pagos pelo setor privado por meio da exploração de recursos naturais.
O Ministério do Meio Ambiente
informou ontem, por meio de sua
assessoria, que "há vários projetos aprovados que não são executados por falta de liberação de recursos". Segundo a assessoria, o
contingenciamento deste ano reduziu o Orçamento do ministério
de R$ 1,152 bilhões para R$ 370
milhões. (RL)
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