São Paulo, terça-feira, 05 de julho de 2011

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FOCO

Cônsul diz que polonês perdido em Cumbica voltará hoje para Londres

LAURA CAPRIGLIONE
DE SÃO PAULO

O cidadão polonês Robert Wladyslaw Parzelski, 44, que viveu 15 dias em um banco de cimento no aeroporto de Guarulhos, deverá viajar hoje de volta à Europa, segundo o cônsul-geral da Polônia, Jacek Such.
Parzelski chegou ao Brasil no dia 17 de junho, proveniente de Londres. Sem conhecidos no país, sem falar nenhuma outra língua que não o polonês, sem passagem de volta e sem dinheiro para ir a um hotel, Parzelski transformou o banco de cimento a poucos metros do desembarque internacional em residência provisória.
Ignorado pela segurança do aeroporto, pela Infraero e pela polícia, Parzelski contou apenas com a ajuda de um grupo de faxineiros, que lhe levavam comida e água.
Na sexta-feira passada, avisados pela Folha sobre a existência do hóspede improvável, Infraero e Consulado da Polônia providenciaram sua remoção.
Parzelski foi conduzido ao consulado e, segundo o diplomata, de lá removido para um hospital, onde permaneceu até a manhã de ontem -"para tratamento das sequelas psicológicas da situação de estresse vivida nos últimos dias", disse Such.
O cônsul recusou-se a fornecer o nome do hospital.
Parzelski contou ao médico polonês Witold Broda (intérprete a pedido do jornal) que a viagem ao Brasil foi ideia de um amigo, que lhe deu a passagem só de ida e a recomendação: que esperasse dois dias no aeroporto. O amigo viria depois.
O plano era dar um passeio por São Paulo. Parzelski só teria de levar para a Europa dois aparelhos de telefone. Ele não explicou para quê. O amigo não apareceu.
Apesar de ter cinco filhos e mulher ainda morando em Cracóvia, Parzelski insistiu em voltar para Londres, onde vive atualmente.


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