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outro lado
Kassab e Serra não comentam caso; Marta nega
DA REPORTAGEM LOCAL
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), não quis
se pronunciar ontem sobre as
acusações do Ministério Público Estadual sobre o suposto recebimento de propina por parte de sua gestão.
Também procurado ontem à
noite, o governador José Serra
(PSDB) informou, por meio de
sua assessoria de imprensa, que
não iria comentar o assunto.
A ex-prefeita Marta Suplicy
(PT) divulgou nota na qual afirmou desconhecer as acusações
do Ministério Público. Afirmou
que, durante sua gestão (2001-2004), a qualidade da merenda
em São Paulo melhorou.
"Declarações absurdas,
acusações infundadas, submeterei à avaliação dos meus advogados", afirmou a nota.
Valdemir Garreta, ex-secretário de Abastecimento de
Marta, afirmou, também por
meio de nota, que, assim como
a ex-prefeita, desconhece as
acusações. "O relacionamento
com empresas fornecedoras
sempre se deu de modo transparente, ético e legal", disse.
Secretário
Acusado de não tomar providências contra as empresas, o
secretário da Educação, Alexandre Schneider, disse que,
desde quando sua pasta passou
a gerenciar os contratos da merenda, há cerca de seis meses, o
volume de multas aplicadas por
irregularidades no fornecimento da merenda aumentou.
Schneider afirma que os futuros contratos, em fase final
de licitação, representarão uma
economia de 22% em relação
ao que é pago hoje pelo serviço.
Sobre a cobrança do Ministério Público em relação ao fato
de a prefeitura permitir que as
atuais empresas, suspeitas de
fraude, tenham participado da
nova licitação, o secretário disse que o departamento jurídico
da pasta não encontrou subsídios para declará-las inedôneas
a fim de excluí-las da disputa.
Para isso, seria preciso que as
empresas descumprissem o
contrato em vigor ou tivessem
condenações judiciais.
Schneider conta que a prefeitura procurou o Ministério Público para firmar "um termo de
ajuste de conduta" em relação
aos contratos.
"Pedimos que os promotores
declarassem as empresas inedôneas, só que eles disseram
que isso não seria possível",
disse o secretário.
O Ministério Público alega
não ter competência para declarar empresas inedôneas.
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