São Paulo, quarta-feira, 05 de agosto de 2009

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outro lado

Kassab e Serra não comentam caso; Marta nega

DA REPORTAGEM LOCAL

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), não quis se pronunciar ontem sobre as acusações do Ministério Público Estadual sobre o suposto recebimento de propina por parte de sua gestão.
Também procurado ontem à noite, o governador José Serra (PSDB) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não iria comentar o assunto.
A ex-prefeita Marta Suplicy (PT) divulgou nota na qual afirmou desconhecer as acusações do Ministério Público. Afirmou que, durante sua gestão (2001-2004), a qualidade da merenda em São Paulo melhorou.
"Declarações absurdas, acusações infundadas, submeterei à avaliação dos meus advogados", afirmou a nota.
Valdemir Garreta, ex-secretário de Abastecimento de Marta, afirmou, também por meio de nota, que, assim como a ex-prefeita, desconhece as acusações. "O relacionamento com empresas fornecedoras sempre se deu de modo transparente, ético e legal", disse.

Secretário
Acusado de não tomar providências contra as empresas, o secretário da Educação, Alexandre Schneider, disse que, desde quando sua pasta passou a gerenciar os contratos da merenda, há cerca de seis meses, o volume de multas aplicadas por irregularidades no fornecimento da merenda aumentou.
Schneider afirma que os futuros contratos, em fase final de licitação, representarão uma economia de 22% em relação ao que é pago hoje pelo serviço.
Sobre a cobrança do Ministério Público em relação ao fato de a prefeitura permitir que as atuais empresas, suspeitas de fraude, tenham participado da nova licitação, o secretário disse que o departamento jurídico da pasta não encontrou subsídios para declará-las inedôneas a fim de excluí-las da disputa.
Para isso, seria preciso que as empresas descumprissem o contrato em vigor ou tivessem condenações judiciais.
Schneider conta que a prefeitura procurou o Ministério Público para firmar "um termo de ajuste de conduta" em relação aos contratos.
"Pedimos que os promotores declarassem as empresas inedôneas, só que eles disseram que isso não seria possível", disse o secretário.
O Ministério Público alega não ter competência para declarar empresas inedôneas.


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