São Paulo, Terça-feira, 05 de Outubro de 1999
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Nova bancada dá poder ao PMDB

da Reportagem Local

O período de troca-troca de partidos que terminou na semana passada garantiu muito mais que uma bancada maior ao PMDB. Junto com os seis novos vereadores que a legenda atraiu para a bancada na Câmara de São Paulo, o partido conquistou o poder de ditar regras.
Foi essa situação nova que fez o Executivo ceder ontem e acertar uma reunião com a bancada, agora com dez vereadores. Os peemedebistas queriam discutir a proposta de vias com pedágio na marginal Tietê, a participação da prefeitura na obra do Rodoanel e a legalização dos perueiros.
Todos os projetos estão tramitando na Câmara e ainda não há uma definição dos peemedebistas, que se dizem "independentes", em relação às propostas. Essa indefinição e uma conta matemática fizeram o prefeito Celso Pitta (PTN) ceder.
A conta que Pitta fez foi a seguinte. Na Câmara, há o grupo de oposição e o da situação. Minoria, a oposição tem 20 vereadores. Os governistas, em números, têm 35. Tirando os dez vereadores do PMDB, a base que apóia o prefeito fica com 25 votos.
Como é preciso haver 28 votos para decidir a maioria das questões na Câmara, o PMDB passou a ter "peso" no Legislativo porque o voto da bancada pode mudar uma decisão.
Essa importância era inexistente no começo do ano, quando a bancada do PMDB tinha apenas quatro vereadores.
Os seis vereadores que o PMDB ganhou vieram do PPB. A debandada do partido de Paulo Maluf, que perdeu 11 dos 21 vereadores, começou a ocorrer no começo deste ano, quando surgiram nomes de vereadores da legenda ligados à máfia da propina.



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