São Paulo, Terça-feira, 05 de Outubro de 1999
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Professores fazem marcha em Brasília

CLEIDE FLORESTA
da Reportagem Local

Brasília vai ser palco amanhã de mais uma grande manifestação de protesto contra as ações do governo federal. Dessa vez, o foco estará centrado no Ministério da Educação.
A CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), que está organizando a Marcha em Defesa e Promoção da Educação Pública, espera levar 20 mil pessoas a Brasília.
Para formular a pauta de reivindicações, que vai da criação de um piso salarial nacional para a categoria à erradicação do analfabetismo, a confederação elaborou um dossiê, intitulado "Retrato da Educação".

Principais problemas
No documento, a CNTE aponta como principais problemas das escolas públicas o número excessivo de alunos em salas de aula, a baixa frequência ou evasão em decorrência de trabalho infantil e a redução de vagas nas escolas, principalmente na pré-escola.
Nos dados preliminares do Censo Escolar 99, divulgados pelo Inep/MEC na última semana, os números da evasão ainda não haviam sido calculados. Quanto às matrículas, o censo mostra um crescimento de 2,6%, ou 1,1 milhão de novos estudantes, na educação básica -ensino fundamental e médio.
"Não adianta apenas comemorar o aumento das matrículas. Sem investimento adicional, o maior número de alunos representa uma diminuição do investimento per capita", contesta Carlos Alberto Abicallil, presidente da CNTE.
O dossiê que será entregue ao Senado, à Comissão de Educação da Câmara e ao ministro da Educação, Paulo Renato Souza, foi elaborado a partir do cruzamento de dados de questionários aplicados em 3.943 escolas, de 15 Estados brasileiros.
As questões (espontâneas e induzidas), 20 no total, foram respondidas em plenário por pais, alunos e professores.
Os Estados que participaram foram Sergipe, Goiás, Alagoas, Rio Grande do Norte, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo.


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