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Professores fazem marcha em Brasília
CLEIDE FLORESTA
da Reportagem Local
Brasília vai ser palco amanhã de
mais uma grande manifestação
de protesto contra as ações do governo federal. Dessa vez, o foco
estará centrado no Ministério da
Educação.
A CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), que está organizando a Marcha em Defesa e Promoção da
Educação Pública, espera levar 20
mil pessoas a Brasília.
Para formular a pauta de reivindicações, que vai da criação de
um piso salarial nacional para a
categoria à erradicação do analfabetismo, a confederação elaborou um dossiê, intitulado "Retrato da Educação".
Principais problemas
No documento, a CNTE aponta
como principais problemas das
escolas públicas o número excessivo de alunos em salas de aula, a
baixa frequência ou evasão em
decorrência de trabalho infantil e
a redução de vagas nas escolas,
principalmente na pré-escola.
Nos dados preliminares do
Censo Escolar 99, divulgados pelo
Inep/MEC na última semana, os
números da evasão ainda não haviam sido calculados. Quanto às
matrículas, o censo mostra um
crescimento de 2,6%, ou 1,1 milhão de novos estudantes, na educação básica -ensino fundamental e médio.
"Não adianta apenas comemorar o aumento das matrículas.
Sem investimento adicional, o
maior número de alunos representa uma diminuição do investimento per capita", contesta Carlos Alberto Abicallil, presidente
da CNTE.
O dossiê que será entregue ao
Senado, à Comissão de Educação
da Câmara e ao ministro da Educação, Paulo Renato Souza, foi
elaborado a partir do cruzamento
de dados de questionários aplicados em 3.943 escolas, de 15 Estados brasileiros.
As questões (espontâneas e induzidas), 20 no total, foram respondidas em plenário por pais,
alunos e professores.
Os Estados que participaram foram Sergipe, Goiás, Alagoas, Rio
Grande do Norte, Piauí, Rio
Grande do Sul, Santa Catarina,
Mato Grosso do Sul, Paraíba, Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco,
Minas Gerais, Espírito Santo e São
Paulo.
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